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Finlândia protagoniza grande reforma de frota aérea ao encomendar 64 caças F-35

Finlândia se aproxima dos EUA e das nações nórdicas da Noruega e Dinamarca ao optar por F-35, apesar de problemas técnicos anteriores e custos descontrolados.
Sputnik
A Finlândia assinou um acordo com a fabricante americana Lockheed Martin sobre a aquisição de caças multifuncionais F-35A em uma grande atualização de sua frota aérea.
Um total de 64 caças de quinta geração devem ser entregues entre 2025 e 2030 para substituir a atual frota de F/A-18 Hornet, que será descontinuada de sua Força Aérea até 2030, disse o governo finlandês em comunicado.
O acordo, no valor de € 8,4 bilhões (cerca de R$ 50 bilhões), também inclui motores de aeronaves e equipamentos de manutenção, sistemas, peças sobressalentes, equipamentos de reposição, equipamentos de treinamento e serviços de assistência necessários, além de treinamento para pilotos e pessoal técnico.
A compra será seguida de documentos contratuais para a aquisição de armas ar-ar, tais como os mísseis Sidewinder e AMRAAM, bem como armas ar-terra e ar-superfície.
A construção dos hangares e outros equipamentos necessários adicionará mais € 777 milhões (cerca de R$ 4,6 bilhões), enquanto outros € 824 milhões (R$ 4,8 bilhões) vão ser reservados para o pacote final de armas otimizadas.
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Na licitação do acordo, a Lockheed Martin derrotou a sueca Saab, sua rival norte-americana Boeing, a francesa Dassault e a britânica BAE Systems. O ministro da Defesa finlandês, Anti Kaikkonen, descreveu o F-35 como "o melhor para atender às necessidades da Finlândia".
Até o momento, a Finlândia é a 14ª nação do mundo a escolher o F-35, apesar das dificuldades técnicas de longa data do projeto e dos custos crescentes.
A escolha do principal caça norte-americano aproxima a nação não alinhada não apenas dos EUA, mas também de seus vizinhos nórdicos Noruega e Dinamarca, que anteriormente fizeram a mesma escolha.
Ao contrário da Noruega e da Dinamarca, a Finlândia não é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), mas estabeleceu laços mais fortes com a organização nos últimos anos e tem escolhido equipamentos militares compatíveis com os dos membros da OTAN.
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