Na quarta-feira (9), organizações de mídia dos Estados Unidos circularam uma carta pedindo ao Pentágono que permita urgentemente que jornalistas sejam incorporados às tropas norte-americanas enviadas para a Europa.
Revelada pela CNN, a correspondência assinada pelos meios de comunicação Military.com, Military Times e Task & Purpose, afirmam que o público tem o "direito de saber como e o que suas tropas estão fazendo e como seus impostos são gastos".
As três publicações, que estão distribuindo a carta a outros jornalistas na esperança de angariar mais apoio para causa, disseram que "apesar de inúmeros pedidos de organizações de mídia, nenhum jornalista foi autorizado a acompanhar essas tropas e trazer suas histórias para casa".
Os meios de comunicação afirmam estar preocupados com a falta de acesso fornecido pelos militares dos EUA. No passado, os EUA tinham uma tradição orgulhosa de permitir que jornalistas fossem incorporados ao envio de tropas, mas as organizações de mídia sugerem que as coisas deram errado nos últimos meses, pois as tropas estão sendo enviadas à Europa Oriental para reforçar as posições da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
"Como resultado, pedimos ao Pentágono que inicie imediatamente o processo de permitir que jornalistas integrem às tropas que se dirigem à Europa em resposta aos movimentos de tropas russas perto da Ucrânia", escreveram os meios de comunicação.
No domingo (6), a Associação de Repórteres e Editores Militares solicitou ao Pentágono que fornecesse acesso às tropas dos EUA selecionadas para se instalar na Europa Oriental.
Na terça-feira (7), pressionado por jornalistas, o secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, disse ser responsável por decidir o nível de acesso que a mídia deve ter às operações dos EUA. No entanto, ele acrescentou que o Pentágono está "trabalhando no que seria o nível apropriado de acesso à mídia aqui".
Os EUA prometeram enviar um total de 3.000 soldados extras à Polônia e à Romênia para proteger a Europa Oriental em meio à sua alegada preocupação diante de um conflito na Ucrânia.