Panorama internacional

Satélite chinês teria 'agarrado e retirado' outro aparelho espacial da órbita, aponta portal

Na semana passada, a China teria demonstrado mais um avanço em tecnologia e capacidades espaciais, assim que uma empresa de análise afirmou ter observado um satélite "agarrar" outro e retirá-lo de sua órbita.
Sputnik
O evento foi discutido em um webinar (seminário realizado através da Internet) sobre a gestão dos riscos de aproximação de satélites em órbita geoestacionária organizado pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais e pela Secure World Foundation no início desta semana.
De acordo com um relato do portal Breaking Defense sobre o ocorrido, o satélite chinês Shijian-21, ou SJ-21, desapareceu de vista em 22 de janeiro e reapareceu enquanto realizava uma "grande manobra" para se aproximar de um satélite inativo do Sistema de Navegação BeiDou.
O SJ-21 depois retirou o BeiDou de sua órbita e o colocou em uma "órbita cemitério" a algumas centenas de quilômetros de distância, onde é improvável que interaja ou colida com satélites funcionais.
A órbita do cemitério se localiza tipicamente a 300 quilômetros acima da órbita geoestacionária, ou cerca de 36.000 quilômetros acima do solo.
A informação foi alegadamente aunuciada por Brian Flewelling, arquiteto-chefe para Monitoramento Situacional do Espaço (SSA, na sigla em inglês) na ExoAnalytic Solutions, que mostrou imagens do evento.
Os mais recentes dados de rastreamento obtidos no início desta semana a partir dos telescópios da ExoAnalytic mostram o SJ-21 separando-se do BeiDou, deixando este último na excêntrica "órbita de deriva do supercemitério", disse Flewelling após o evento.
"O que sabemos com certeza é o que podemos observar por suas ações no espaço – a intenção por trás disso e o que a China planeja fazer com essa tecnologia é uma avaliação mais subjetiva", acrescentou.
O SJ-21 supostamente deveria "testar e verificar tecnologias de mitigação de detritos espaciais", mas a capacidade de deslocar satélites significa que a China tem capacidades alarmantes para a manipulação orbital de satélites de outras nações, de acordo com especialistas dos EUA.
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