Panorama internacional

OTAN indicou por escrito esferas de possível cooperação com Rússia, diz Stoltenberg

Jens Stoltenberg, secretário-geral da Aliança Atlântica, também repetiu as afirmações proferidas na terça-feira (25) de que os militares da OTAN não seriam destacados na Ucrânia.
Sputnik
A OTAN não planeja destacar tropas de combate na Ucrânia, disse na sexta-feira (28) Jens Stoltenberg, secretário-geral do bloco militar.

"Não planejamos destacar tropas de combate da OTAN na Ucrânia, é correto", relatou Stoltenberg em um evento on-line sobre a resposta da Aliança Atlântica às novas tensões na Europa.

O secretário-geral também referiu que há "algumas divergências" dentro da OTAN sobre "que tipo de apoio devemos fornecer" à Ucrânia, pois "alguns aliados" não estão prontos para fornecer equipamento militar.
Ao mesmo tempo, Stoltenberg sublinhou que no que toca à defesa "não há quaisquer divergências, e essa obrigação será cumprida 100%", apesar de a Ucrânia não ser Estado-membro da OTAN.
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OTAN não destacará militares na Ucrânia, diz secretário-geral da aliança
Segundo Jens Stoltenberg, a aliança não sabe as intenções da Rússia na Ucrânia, e as decisões finais a tomar sobre ações a tomar dependerão de como a situação se desenvolver.

"A OTAN como organização ajuda na ciberdefesa, construção de suas próprias capacidades, institutos de segurança, compartilha informação de vários países, tais como EUA e Canadá, o Reino Unido envia à Ucrânia instrutores e armamento defensivo", relatou ele.

"Não há certeza sobre os planos russos, e possivelmente eles ainda não tomaram qualquer decisão final. Desde a perspectiva da OTAN, estamos preparados para participar de diálogo político, mas também estamos prontos para responder se a Rússia escolher um confronto armado. Estamos preparados para ambas as opções", explicou o secretário-geral da OTAN.
Sobre as propostas russas no que toca à arquitetura da segurança europeia, o alto responsável apontou possíveis áreas de limitação de atividades militares.

"Há alguns dias entregamos propostas escritas à Federação da Rússia e apontamos, referimos muitas questões em que poderíamos encontrar interesses comuns – controle de armamentos, mísseis, transparência de atividades militares e redução de riscos", informou Stoltenberg em entrevista à rádio Ekho Moskvy (Eco de Moscou) e instou à retomada de contatos diplomáticos bilaterais.

"Cremos que precisamos retomar contatos diplomáticos. Nós também apresentamos outras propostas em que podemos encontrar algo comum no sentido político."
Países no Ocidente têm acusado a Rússia desde 2021 de aumentar as tensões em torno da Ucrânia, mas Moscou responde que essas acusações têm o objetivo de encobrir as mobilizações militares por parte da própria OTAN, incluindo na cooperação com Kiev.
O Kremlin diz que a movimentação de tropas russas dentro de suas próprias fronteiras não deve ameaçar ninguém e propõe reduzir as tensões através da diminuição da atividade militar na proximidade entre a Rússia e a OTAN, incluindo com uma não expansão da aliança.
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