Ciência e sociedade

Satélite europeu atravessa cauda do cometa Leonard e tira FOTO inédita

O "flagrante" foi feito pela sonda SOLO, um tipo de satélite artificial de observação solar operado pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) em conjunto com a NASA.
Sputnik
O cruzamento da sonda pela cauda do cometa foi previsto pelo astrônomo Samuel Grant, da Universidade de Londres, no Reino Unido, depois de adaptar um rastreador de órbitas de aeronaves e cometas.

"Eu o executei com o cometa Leonard e a SOLO, adicionando alguns palpites sobre a velocidade do vento solar. E foi quando eu vi que, mesmo para uma ampla gama de variações das velocidades do vento solar, parecia que iria acontecer uma travessia", explicou Grant.

Missão solar da Europa passou pela cauda do cometa Leonard.
De acordo com informações dos especialistas da ESA, a passagem do satélite pela cauda do cometa proporcionou a oportunidade de registrar novos dados, que serão analisados em próximos estudos.

"O encontro capturou informações sobre partículas e o campo magnético presente na cauda do cometa. Isso vai possibilitar que os astrônomos estudem como o cometa interage com o vento solar, um vento variável de partículas e campos magnéticos que emanam do Sol e varrem o Sistema Solar", anunciou a ESA em comunicado.

A sonda foi o único equipamento que de fato cruzou a cauda do cometa, porém, outros satélites conseguiram registrar o momento da travessia, o que apresenta uma outra perspectiva do evento e enriquece as próximas pesquisas dos cientistas.
Este é o segundo encontro da SOLO com um cometa. Em 2020, a espaçonave atravessou a cauda do cometa ATLAS.

"Quando a travessia do cometa ATLAS foi prevista, nós ainda estávamos calibrando a espaçonave e seus instrumentos. Além disso, o cometa se despedaçou pouco antes da nossa chegada. Mas com o cometa Leonard estávamos totalmente prontos, e o cometa não se desfez", comentou um dos responsáveis pela sonda.

O cometa Leonard, também conhecido como C/2021 A1, foi descoberto no dia 3 de janeiro de 2021 pelo astrônomo norte-americano Gregory J. Leonard no Observatório Mount Lemmon, no Arizona.
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De acordo com informações da NASA, o astro é formado por uma combinação de poeira estelar, rochas e gelo, com aproximadamente um quilômetro de largura.
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