Panorama internacional

EUA estudam alternativas ao gás russo no norte da África, diz Casa Branca

Em meio às tensões do Ocidente com a Rússia sobre a Ucrânia, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, informou, nesta terça-feira (25), que os Estados Unidos estão avaliando alternativas ao gás russo no norte da África e em outras regiões para fornecimento à Europa.
Sputnik
Ela afirmou que os EUA estão preocupados com uma eventual interrupção do fornecimento do gás que passa pela Ucrânia. Segundo Psaki, uma ação nesse sentido afetaria "agudamente os mercados de gás natural na Europa".
A porta-voz da Casa Branca revelou que, por isso, os EUA estão "engajando aliados europeus para coordenar o planejamento de resposta". Uma medida imediata seria começar a estocar o volume de gás já recebido.

"Também estamos trabalhando para identificar volumes adicionais de gás natural não russo no norte da África, no Oriente Médio, na Ásia e nos Estados Unidos. Estamos discutindo com os principais produtores de gás natural em todo o mundo para entender a capacidade e a vontade de aumentar temporariamente a produção de gás natural, alocando esses volumes para compradores europeus", destacou Psaki.

Os EUA também estão "se envolvendo com os principais compradores e fornecedores de gás natural para garantir a flexibilidade dos contratos e o armazenamento existentes", segundo a porta-voz.
Psaki também assegurou aos consumidores norte-americanos que qualquer possível interrupção do fornecimento russo à Europa teria um impacto mínimo no próprio país.
Ela não quis revelar quais países especificamente estariam envolvidos nas negociações, nem mesmo os parceiros que contribuem diplomaticamente.
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O gás natural russo responde por aproximadamente 40% do consumo na Europa. Na Alemanha, potência econômica e industrial da região, quase metade do gás importado vem da Rússia.
O novo gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) possui capacidade de fornecer cerca de 55 bilhões de metros cúbicos por ano.
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