Panorama internacional

Rússia não tolerará que Kiev e países ocidentais encenem provocação em Donbass, diz diplomata

Konstantin Gavrilov, chefe da delegação russa nas negociações em Viena, Áustria, condenou a "campanha iniciada no Ocidente" que fala repetidamente da possibilidade de a Rússia invadir a Ucrânia.
Sputnik
A Rússia não tolerará um ataque de Kiev e do Ocidente à região de Donbass, disse no domingo (23) Konstantin Gavrilov, chefe da delegação russa nas negociações sobre questões de segurança militar e controle de armamentos em Viena, Áustria.
"Foi tudo dito e avisado: não toleraremos quando atacarem nossos cidadãos. Foi dito claramente, foi expresso claramente em toda a mídia", comentou ele.
"Esta campanha, que foi iniciada no Ocidente, acusando a Rússia de todos os pecados, de que estamos prestes a invadir, e eles não param ante as afirmações do presidente, do ministro, do vice-ministro, de outros representantes russos, que não pretendemos [fazer isso], que não precisamos de uma guerra, mas precisamos de uma solução diplomática. Não excluo que eles possam encenar uma provocação, estão criando uma cobertura informacional para isso", afirmou Gavrilov.
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Gavrilov referiu que a Rússia é um dos garantes dos acordos de paz de Minsk, assinados originalmente em 2014, e "não permitirá que seus cidadãos sejam magoados, muito menos mortos" no conflito que decorre no leste da Ucrânia.
Em dezembro de 2021 Moscou publicou projetos de acordo que instam à não expansão da OTAN para leste, na proximidade das fronteiras da Rússia, sendo isso considerado uma ameaça à segurança do país. Para evitar tensões, o Kremlin propôs a não colocação de armas, mísseis, tropas ou realização de exercícios na proximidade das fronteiras dos dois lados.
As propostas russas foram analisadas em 10 de janeiro como parte do diálogo estratégico em Genebra, Suíça. Em seguida foi realizada uma reunião do Conselho OTAN-Rússia em Bruxelas, Bélgica, e consultas da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em Viena, Áustria.
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