O abate massivo de hamsters foi anunciado na terça-feira (18), pela ministra da Saúde, Sophia Chan Siu-chee, após suspeita de que os pequenos roedores poderiam se contaminar e transmitir COVID-19 para humanos depois de casos suspeitos em um pet shop.
Sete hamsters, o que corresponde a 20% dos pequenos roedores do pet shop Little Boss, que fica na região da baía de Causeway, testaram positivo para o coronavírus. Um dos funcionários da loja também testou positivo para a variante Delta.
De acordo com reportagem do South China Morning Post, citando informações oficiais das autoridades de Hong Kong, a expectativa é que mais de 2.000 hamsters e outros pequenos roedores sejam entregues. As autoridades da Saúde garantiram que os animais vão ser "tratados de maneira humana" antes do abatimento.
A medida não foi bem recebida por parte da população, que inclusive enviou ao governo uma petição com mais de 25.000 assinaturas pedindo o cancelamento dos abates. Porém, a medida foi mantida e especialistas pedem a compreensão dos habitantes.
"Esta é uma questão complicada e difícil de entender em meio a tantas emoções. A ciência e a medicina não podem solucionar a questão do amor. Eu simpatizo profundamente com os amantes de hamsters, que necessitam de um tempo de luto e aconselhamento", comentou o microbiologista da Universidade de Hong Kong e conselheiro governamental, Yuen Kwok-yung.
Yuen Kwok-yung é especialista em microbiologia e conselheiro do governo
© Foto / Hong Kong Hospital Authority
Respondendo à cobrança de parte da população que pedia para que os animais fossem testados e quarentenados, ao invés de abatidos, Yuen explicou que o governo não teria condições de manter os hamsters em locais ventilados e realizar testes sistemáticos para a comprovação da doença e transmissão.
Nesta quarta-feira (19), dezenas de habitantes compareceram pela primeira vez ao Centro de Manejo de Animais de Sha Tin, na região norte de Hong Kong, para entregar os animais.
Moradores fazem fila para entregar hamsters em Hong Kong
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