Panorama internacional

Rússia não assistirá tropas da OTAN se acumularem na fronteira de Belarus, adverte embaixador

Moscou prometeu que não fechará os olhos para o suposto acúmulo de militares da OTAN liderados pelos EUA na fronteira de Belarus.
Sputnik
O embaixador da Rússia em Minsk, Boris Gryzlov, observou nesta terça-feira (18) que "vemos que o acúmulo de forças e recursos da OTAN [Organização do Tratado Atlântico Norte], de fato, não para em nossos portões".
Gryzlov advertiu que tais ações da OTAN e seus parceiros "não passam despercebidas", e enfatizou que a Rússia e governo de Belarus organizam patrulhas nas fronteiras dos países, usando "bombardeiros Tu-22M3 de longo alcance, caças multifunção Su-30SM, e outros".
O embaixador também reforçou o anúncio da rodada de exercícios chamada "Determinação da União 2022", que começará em fevereiro. Segundo o portal RT, ele observou que os estados ocidentais muitas vezes interpretam quaisquer exercícios conjuntos entre Moscou e Minsk como uma ameaça.
Blindado BMP-2 durante os exercícios militares estratégicos Zapad 2021 realizados em conjunto pela Rússia e Belarus, no polígono de Obuz-Lesnovsky, perto de Baranovichi, Belarus. Foto de arquivo
Ontem (17), o presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, disse que o aumento de tropas estrangeiras perto de fronteiras do país exige "resposta objetiva".

"Os militares russos e de Belarus demonstraram de forma clara e coerente seu treinamento, conduziram seus exercícios com perfeição e depois retornaram aos seus desdobramentos permanentes", disse o embaixador.

As declarações de Gryzlov ocorrem em meio a tensões crescentes entre a OTAN e a Rússia. Na semana passada, representantes da organização e diplomatas russos se reuniram para discutir propostas de garantias destinadas a salvaguardar a segurança no continente europeu.
No mês passado, a Rússia entregou dois projetos de tratados que incluíam um pedido de garantias da OTAN sobre o movimento de militares e equipamentos, bem como pedidos para que a organização se abstenha de novos alargamentos perto das fronteiras da Rússia.
No final de novembro, o presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, disse que a Rússia deveria implantar ogivas atômicas no território de seu país se as armas nucleares da OTAN avançassem para o leste através da Europa.
Segundo a agência Belta, perto das fronteiras de Belarus com a Polônia e os Países Bálticos, estão concentrados mais de 30.000 militares, além de equipamentos, e que Varsóvia tinha solicitado à OTAN para implantar um sistema escalonado de logística e suporte técnico.
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Belarus: aumento de tropas estrangeiras perto de fronteiras do país exige 'resposta objetiva'
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