Panorama internacional

Lavrov: diálogo sobre garantias de segurança mostrou seriedade do confronto global

Nesta quinta-feira (13), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o diálogo sobre as garantias de segurança mostrou a seriedade do confronto global.
Sputnik
"Elas [negociações] refletem o sério confronto na arena global, a tentativa de o Ocidente consolidar seu domínio", afirmou Lavrov durante entrevista à emissora de TV Rossyia-1.
Lavrov também afirmou que Moscou compreendeu a atitude dos norte-americanos em Genebra, mas também foi preciso deixar claro as exigências da Rússia.
Além disso, o ministro declarou que as perspectivas com relação aos diálogos com os EUA dependerão de como Washington e Bruxelas assimilarão as propostas da Rússia relacionadas à não expansão da OTAN.
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Ele também ressaltou que os EUA e o Reino Unido prometeram a Moscou a não expansão da OTAN.
De acordo com o ministro, apesar da posição inflexível do Ocidente nos diálogos em Genebra e Bruxelas, os mesmos foram funcionais.
"Eu posso confirmar aquilo que nós falamos – os diálogos foram funcionais. Essa posição do Ocidente, dura, por vezes arrogante, inflexível, mesmo assim foi expressada tranquilamente, de maneira funcional, o que permite contar com uma perspectiva de assimilação em Washington do diálogo que decorreu", afirmou.
Lavrov diz esperar que os EUA e a OTAN cumpram sua promessa sobre a não expansão da Aliança e que a coloquem no papel.
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Os EUA prometeram que na próxima semana vão "colocar no papel" a resposta sobre as garantias de segurança, enquanto o secretário-geral da OTAN prometeu dar uma resposta durante uma semana.
Nenhum país ou aliança de países tem o direito de pretender dominar no espaço euro-atlântico, declarou Lavrov.

"Nenhum país ou aliança de países tem o direito de pretender ter posições dominantes nesta região euro-atlântica", afirmou.

Quanto às perspectivas de novas sanções americanas contra a Rússia, Lavrov afirmou que essas ameaças são "absurdas" e "nós certamente vamos reagir", mas reagir apenas ao desenvolvimento real da situação.
"As propostas dos senadores americanos de impor novas sanções "é de certa maneira um colapso nervoso, entendem? Quer dizer, quando após afirmação infinita da própria grandeza as pessoas atingiram uma determinada marca psicológica a qual é muito difícil explicar", disse o ministro.
Adicionalmente, o chanceler russo qualificou de teorias de conspiração as alegações de que foi Moscou que tinha provocado a crise no Cazaquistão para tomar o controle sobre o país centro-asiático.
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Alguns "acusam-nos de termos provocado tudo isso para invadir o Cazaquistão e assumi-lo sob nosso controle", segundo suas palavras, mas ele ressaltou que a situação não tem nada a ver com Moscou. De acordo com Lavrov, as autoridades cazaques estão realizando uma investigação abrangente e vão anunciar os resultados dela.
Na quarta-feira (12), em Bruxelas, teve lugar uma reunião do Conselho Rússia-OTAN. A reunião ocorreu no desenvolvimento das conversas para discutir as garantias de segurança após as negociações dos dias 9 e 10 de janeiro em Genebra.
Nesta quinta-feira (13), após a reunião do Conselho Rússia-OTAN, decorrerão em Viena consultas no âmbito da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.
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