Panorama internacional

Senadores democratas dos EUA articulam novo projeto de lei 'severo' de sanções contra a Rússia

Projeto conta com apoio da Casa Branca e será divulgado hoje (12). Sanções abrangeriam principais militares russos e autoridades do governo, incluindo o presidente Vladimir Putin.
Sputnik
Nesta quarta-feira (12), senadores democratas norte-americanos apresentarão um novo projeto de lei de sanções à Rússia que traria "custos severos" para a economia russa, de acordo com o The Washington Post.
A ação é encabeçada pelo presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Robert Menendez, e seria aplicada caso a Rússia invadisse a Ucrânia, segundo a mídia.
A legislação implicaria sanções abrangentes contra os principais militares russos e funcionários do governo, incluindo o presidente Vladimir Putin, bem como as principais instituições bancárias. Empresas russas que contam com o sistema de pagamento internacional usado por bancos ao redor do mundo, o SWIFT, também estariam na mira das sanções.
Prometendo mais assistência de segurança à Ucrânia, o projeto de lei pede aos Estados Unidos que "considerem todas as medidas disponíveis e apropriadas" para garantir que o Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) não seja colocado em operação.
Panorama internacional
EUA acreditam que novas sanções ao gasoduto Nord Stream 2 prejudicariam relações com a Europa
De acordo com um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional citado pela mídia, a Casa Branca apoia o projeto de lei. Entretanto, o porta-voz observou que outras medidas, como a que está sendo promovida pelo senador Ted Cruz, "não combaterão mais agressões russas ou protegerão a Ucrânia".

"Em vez disso, prejudicará nossos esforços para deter a Rússia e pode remover a influência que os Estados Unidos e nossos aliados e parceiros possuem neste momento para marcar pontos políticos", disse o alto funcionário sob condição de anonimato.

"E chegaria em um momento em que precisamos estar intimamente unidos com nossos parceiros europeus, incluindo a Alemanha. Não faz sentido", complementou.
Na semana passada, o Reino Unido também se pronunciou dizendo que estava elaborando com parceiros ocidentais "sanções de impacto contra a Rússia" e instou a OTAN a ficar unida contra Moscou.
No entanto, a Rússia deixou claro na reunião com os EUA e membros da OTAN ocorrida na segunda-feira (10) que não tem nenhuma intenção de invadir a Ucrânia, mas que precisa de garantias sólidas de mas que precisa de garantias sólidas de que o país vizinho nunca integrará a OTAN.
Panorama internacional
O que está em jogo no atual contexto geopolítico entre Rússia, Ucrânia e EUA?
Comentar