Panorama internacional

Negociações entre Rússia e EUA devem ser sobre não adesão da Ucrânia à OTAN, diz ministro

No domingo (9) à noite, em formato de jantar, o vice-chanceler russo Sergei Ryabkov se reuniu com Wendy Sherman, vice-secretária de Estado dos EUA, na véspera das negociações oficiais russo-americanas sobre garantias de segurança.
Sputnik
Diplomata russo afirmou que as próximas negociações entre Rússia e os EUA sobre a estabilidade estratégica em Genebra devem, em geral, incidir sobre a não adesão da Ucrânia à OTAN.
Enquanto Moscou está pronta para ouvir o que os EUA têm a dizer sobre a não implantação de mísseis no território da Ucrânia, o diálogo construtivo só é possível no contexto mais amplo da revisão das decisões da cúpula de Budapeste sobre o futuro da Ucrânia na OTAN, disse Ryabkov à Sputnik.
"Vamos ouvir o que eles têm a dizer [no diálogo de Genebra]. Mas [...] isso precisa ser colocado em um contexto mais amplo: estarão eles dispostos a assegurar que a decisão da cúpula de 2008 [da OTAN] seja revogada, estarão dispostos a dar garantias legais de que este país, bem como outros países – existe uma lista conhecida – não aderirão à OTAN? Esta é uma questão em aberto", disse vice-ministro russo.
Anteriormente, um alto funcionário da administração dos Estados Unidos afirmou que Washington estava pronto para discutir com Moscou certos aspetos das propostas da Rússia sobre garantias de segurança, incluindo a não implementação de mísseis no território da Ucrânia.
O diplomata russo, que chegou a Genebra no domingo (9) para as negociações Rússia-EUA, Rússia-OTAN e na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa que decorrerão nesta semana, enfatizou que sem a revisão das decisões da OTAN sobre a Ucrânia seria impossível realizar um diálogo produtivo.
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Ryabkov sublinhou que os EUA e a OTAN poderiam enfrentar uma situação pior para a sua própria segurança se não demonstrassem interesse em um diálogo com a Rússia sobre garantias de segurança.
Nas propostas de segurança apresentadas pela Rússia em 17 de dezembro, a OTAN é instada a parar suas atividades militares na Ucrânia e em outras ex-repúblicas soviéticas. Além disso, tanto Moscou como a Aliança Atlântica não devem implantar mísseis de curto e médio alcance em zonas a partir das quais eles possam atingir os territórios um do outro.
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