Panorama internacional

EUA e União Europeia sancionam Nicarágua em dia de posse de Ortega

Washington e Bruxelas impuseram restrições a Daniel Ortega, presidente do país, sua esposa, filhos e outras figuras e entidades do país, por acusações de violação de direitos humanos.
Sputnik
Os EUA e a União Europeia (UE) impuseram sanções a membros do governo da Nicarágua, anunciaram na segunda-feira (10) Washington e Bruxelas.
As sanções foram coordenadas entre os dois lados e procuram aumentar a pressão sobre o presidente nicaraguense e sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo. Elas foram anunciadas no dia em que Daniel Ortega tomou posse como presidente do país, escreve a agência britânica Reuters.
"Em concertação com as democracias da comunidade internacional, os Estados Unidos seguirão chamando a atenção aos atuais abusos do regime de Ortega-Murillo, e vamos destacar ferramentas diplomáticas e econômicas para apoiar a restauração da democracia e respeito pelos direitos humanos na Nicarágua", apontou Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano.
O Departamento do Tesouro do país norte-americano sancionou seis funcionários da Nicarágua, incluindo Martha Sevilla, ministra da Defesa, por acusações de violência estatal, desinformação e ataques à mídia independente, além de impedir mais 116 pessoas, entre eles prefeitos, procuradores, policiais, militares e funcionários prisionais, de entrar nos EUA.
A UE também visou o presidente e a vice-presidente nicaraguenses, congelando seus ativos no bloco europeu, com proibição de entrada no território de seus Estados-membros. O mesmo tratamento foi aplicado a dois de seus filhos, à Polícia, ao Supremo Conselho Eleitoral, à empresa que supervisiona as telecomunicações e aos serviços postais.
"Os visados são responsáveis por sérias violações de direitos humanos, incluindo repressão da sociedade civil, por apoiarem as eleições presidenciais e parlamentares fraudulentas, e por minarem a democracia e o Estado de direito", segundo a declaração.
Os EUA e a UE têm criticado o processo eleitoral na Nicarágua, alegando uma suposta fraude nas eleições, que foram realizadas em 7 de novembro no país, e deram a vitória de Ortega por 76% dos votos.
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