Panorama internacional

É estranho que EUA falem que não entendem o que está acontecendo no Cazaquistão, diz MRE da Rússia

Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, declarou que é estranho os EUA falarem que não entendem o que está acontecendo no Cazaquistão.
Sputnik
Os EUA não poderão mais se esconder por trás do seu não entendimento da situação no Cazaquistão após a sessão extraordinária dos líderes da CSTO realizada nesta segunda-feira (10) por videoconferência, disse ela.
"Me parece que [os líderes dos estados-membros da CSTO] responderam a todas as perguntas que havia ou que hipoteticamente poderiam ser levantadas. Claro, foi estranho ouvir, por exemplo, o secretário de Estado dos EUA ou a porta-voz da Casa Branca dizerem que eles não entendem o que está acontecendo no Cazaquistão e não entendem por que o Cazaquistão tomou tais decisões. É surpreendente, geralmente eles sempre entendem tudo", afirmou Zakharova em um programa de TV.
"Bem, agora, acho que será impossível se esconderem por trás das formulações de não entenderem", acrescentou a diplomata.
Washington solicitou esclarecimento ao Cazaquistão sobre as razões pelas quais as autoridades decidiram solicitar a assistência da CSTO para estabilização da situação no país, declarou neste domingo (9) o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
Recentemente, o embaixador russo nos EUA, Anatoly Antonov, afirmou que a Rússia considera que os tumultos no Cazaquistão foram obra de forças do exterior, cujo objetivo era minar a segurança e a integridade do país asiático.
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Antonov também teceu comentários sobre a Casa Branca, alertando que os Estados Unidos não devem questionar as decisões tomadas pelo Cazaquistão.
Antes disso, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fez declarações questionando a necessidade do envio de forças da CSTO ao país. Segundo ele "não está claro o porquê deles [o Cazaquistão] sentirem que precisam de qualquer ajuda externa". O diplomata norte-americano afirmou que as forças cazaques teriam capacidade de conter a crise sem o auxílio das forças de paz.
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