Ciência e sociedade

Cientistas criam nanoantena capaz de ajudar no desenvolvimento de remédios e descoberta de doenças

A nanoantena foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Montreal, no Canadá, com o intuito de monitorar a movimentação de proteínas.
Sputnik

"Os resultados são tão empolgantes, que atualmente estamos abrindo uma empresa startup para comercializar e disponibilizar esta nanoantena para a maioria dos pesquisadores e para a indústria farmacêutica", comemorou o diretor do estudo Alexis Vallée-Bélisle, em entrevista ao Phys.org.

O pesquisador explicou que para desenvolver a nanoantena o grupo de cientistas se inspirou nas propriedades "estilo Lego" do DNA, que usam "blocos" até 20 mil vezes menores que um fio de cabelo para criarem a antena fluorescente capaz de desvendar as funções das proteínas.
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Como a base da nanoantena são as particularidades do DNA, os cientistas explicaram no estudo publicado na Nature Methods, que analisar e replicar os testes é relativamente simples, e não necessita de maquinário específico.

"Além de nos ajudar a entender como as nanomáquinas naturais funcionam ou funcionam mal, consequentemente levando a doenças, [...] esse novo método também pode orientar os nanoengenheiros no desenvolvimento de nanomáquinas mais precisas", comentou um dos autores do estudo, o professor da Universidade de Montreal, Dominic Lauzon.

O grupo de cientistas também comemorou a facilidade com que a nanoantena pode ser usada por pesquisadores e farmacêuticos.
"Talvez o que mais nos empolgue seja a noção de que muitos laboratórios ao redor do mundo, equipados com um espectrofluorímetro convencional, poderiam empregar de imediato essas nanoantenas para analisar sua proteína de estudo, identificar novos medicamentos ou desenvolver novas nanotecnologias", disse Vallée-Bélisle.
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