Apesar das últimas ameaças de sanções, os EUA podem agora dar sinais claros à Rússia de que buscam distensionar os conflitos militares na Ucrânia.
A próxima rodada de negociações entre as partes estão programadas para a segunda-feira (10), na cidade suíça de Genebra. Já as conversas entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e Moscou devem ocorrer na quarta-feira, dia 12 de janeiro.
De acordo com a NBC, a Casa Branca estaria disposta a discutir a redução do número de tropas americanas nos Estados bálticos e na Polônia. A TV afirmou que os EUA estão cientes da força e capacidade nuclear de Moscou no território russo de Kaliningrado, situado entre a Polônia e a Lituânia.
Washington "está compilando uma lista de opções sobre mudanças de postura na Europa para discutir com a Rússia nas negociações", disse uma das fontes à NBC.
O governo Biden já prometeu responder com duras sanções em caso de "agressão militar" russa contra a Ucrânia. Agora, com as possíveis sugestões para as próximas negociações, Washington poderá esperar medidas recíprocas de Moscou para reduzir suas forças na região.
Na reunião com a OTAN, o Kremlin deve reforçar as exigências para que a aliança não expanda tropas ao Leste ou descoloque armas ofensivas aos países vizinhos à Rússia.
Nesta sexta-feira (7), o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou que o bloco não sacrificará, sob nenhuma circunstância, seu princípio básico de que qualquer país pode escolher as próprias alianças de defesa. Stoltenberg ressaltou que a organização não pode aceitar a ideia de criar aliados de "segunda classe" por intervenção da Rússia.