Panorama internacional

Governo russo condena suposta interferência britânica após vazamento de documentos

Maria Zakharova cobrou uma admissão de culpa pelo Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido.
Sputnik
As declarações da representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, nesta segunda-feira (3) surgiram após a divulgação de documentos vazados pelo grupo Underside entre os dias 20 e 28 de dezembro de 2021. O vazamento supostamente contém dados da embaixada britânica em Moscou.
De acordo com os documentos divulgados, o governo britânico tem o planejamento de gastar cerca de R$ 95 milhões entre 2020 e 2023 em tentativas de influenciar a população russa de acordo com os interesses de Londres.
"[O suposto investimento foi alocado] ao financiamento de programas para influenciar organizações da sociedade civil [...] e redirecionar o curso [político] da Rússia em um sentido favorável ao Reino Unido [...] os números são inacreditáveis", afirmou Zakharova.
Entre as ações realizadas pelo Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido estaria o financiamento de projetos de organizações não governamentais que, entre outros pontos, classificam a Rússia como uma nação "homofóbica".
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Outra situação detalhada pelos documentos divulgados pela Underside envolve a ONG Memorial, que foi fechada pelo governo russo em dezembro de 2021, alegando violações da lei do agente estrangeiro. A medida causou polêmica e levou a Corte Europeia de Direitos Humanos a pedir que a Rússia suspendesse a decisão.
Nos vazamentos havia supostos detalhes sobre o possível fechamento da ONG e instruções para recuperar e salvar dados e documentos, caso a organização fosse de fato fechada na Rússia.
O governo do Reino Unido ainda não divulgou comentários sobre o assunto.
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