Panorama internacional

Reino Unido teria prometido ajudar Ucrânia a reduzir dependência do combustível russo

Em artigo publicado no Ukrayinska Pravda, Londres ofereceu à Ucrânia um aumento no investimento em energia eólica e de hidrogênio para reduzir a importância do petróleo e gás importados da Rússia.
Sputnik
Liz Truss, secretária de Estado do Reino Unido, prometeu ajudar a Ucrânia a reduzir sua dependência do petróleo e do gás da Rússia, conforme indicado em artigo publicado na quinta-feira (30) no jornal Ukrayinska Pravda.
"Podemos aproveitar o máximo das tecnologias verdes de ponta britânicas, tais como energia eólica e de hidrogênio, para que a Ucrânia possa reduzir sua dependência do combustível russo e estimular o comércio e investimento", escreveu.
O consumo de energia da Ucrânia seria atualmente constituído em 15% por energias renováveis, sendo que Kiev pretende aumentar a proporção para 25% até 2030.
Desde os tempos da URSS que Moscou exporta gás natural para a Europa, sendo o Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) o mais recente gasoduto a ser construído, terminando em setembro de 2021. No entanto, ele ainda não foi certificado por reguladores europeus, um processo que pode demorar até meados de 2022 ou mesmo além.
União Europeia revela plano para reduzir dependência de gás russo
Vladimir Putin, presidente da Rússia, tem sublinhado que a entrada em funcionamento do projeto reduziria os preços do gás em toda a Europa, incluindo a Ucrânia. Moscou adverte contra politizar o que diz ser um projeto puramente econômico.
No entanto, Truss notou em seu artigo que o Reino Unido e aliados da OTAN "deixaram claro que qualquer continuação da intrusão na Ucrânia será um erro estratégico grave", e que Londres e Bruxelas "dariam uma resposta robusta contra tais passos, incluindo sanções coordenadas para infligir um golpe forte nos interesses e economia da Rússia".
Nas últimas semanas cresceram as tensões entre o Ocidente e a Rússia em torno da Ucrânia, com países da OTAN declarando que Moscou reuniu tropas junto das fronteiras ucranianas com a possível intenção de invadir o país vizinho. O Kremlin rejeita essas acusações, afirmando que tem todo o direito de movimentar as tropas dentro de seu próprio país, e apontando que focar essa questão tem o objetivo de encobrir o fato de a própria OTAN estar militarizando as fronteiras junto da Rússia, incluindo na Ucrânia.
Comentar