Propagação e combate à COVID-19

Bolsonaro não vacinará a filha: 'Espero que Judiciário não interfira'

Imunização de crianças de cinco a 11 anos é tema de consulta pública do Ministério da Saúde, que deve decidir sobre vacinação em 5 de janeiro.
Sputnik
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (27) que espera que o Judiciário não interfira na vacinação de crianças de cinco a 11 anos.
Os comentários foram feitos após ele ter ressaltado que sua filha Laura, de 11 anos, não será vacinada.

"Estamos conversando com o [ministro da Saúde, Marcelo] Queiroga nesse sentido. Ele, no dia 5, deve ditar as normas de como é que deve se vacinar crianças. Eu espero que não haja interferência do Judiciário. Espero, porque a minha filha não vai se vacinar. Ela tem 11 anos de idade", disse o presidente.

Bolsonaro afirmou que ainda há "muita dúvida" no mundo inteiro sobre o tema, apesar de diversos países já imunizarem essa faixa etária. "A questão da vacina para criança é muito incipiente ainda. O mundo ainda tem muita dúvida", comentou.
A imunização do público infantil é tema de uma consulta pública do Ministério da Saúde. A pasta deve realizar uma audiência sobre o assunto em 4 de janeiro e bater o martelo sobre a vacinação no dia seguinte.
Na entrevista, Bolsonaro voltou a falar que a vacinação de crianças "não se justifica", pois, segundo ele, o índice de mortes de crianças com a COVID-19 não é grande.

"Não vêm morrendo crianças que justifique uma vacina nas crianças. Não justifica isso daí. A decisão passa obviamente pelo Ministério da Saúde", declarou, segundo informações do Metrópoles.

Países como Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, França, Estados Unidos e Israel já aplicam vacinas nessa faixa etária.
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