Panorama internacional

EUA querem antecipar entrega de submarinos nucleares à Austrália em meio a tensões com China

As crescentes tensões com a China fazem acelerar a construção e entrega do primeiro submarino nuclear no âmbito da parceria militar AUKUS formada entre os EUA, Reino Unido e Austrália.
Sputnik
A Austrália planeja lançar o seu primeiro submarino nuclear cinco anos antes do previsto, enquanto o Ocidente iniciou um período de relações muito tensas com a China.

Peter Dutton, ministro da Defesa australiano, revelou que o Reino Unido e os EUA "estão fazendo tudo o que está ao seu alcance" para acelerar o projeto.

O acordo AUKUS, anunciado em setembro deste ano, fez com que a Austrália cancelasse o contrato com a França para a aquisição de 12 submarinos movidos a diesel.
Em vez disso, o país optou por submarinos de propulsão nuclear. Segundo novas informações, os primeiros submarinos nucleares podem entrar em serviço operacional na primeira metade da década de 2030.
Inicialmente não era esperado que os navios fossem comissionados antes de 2040, no entanto, o Departamento de Defesa dos EUA está pressionando para antecipar sua entrega.
"Acho que estamos avançando a um ritmo mais rápido do que poderíamos ter imaginado, mesmo no momento do anúncio. Não houve jogos, nem bloqueios, eles estão fazendo tudo o possível para fazer com que isto funcione. É uma capacidade que queremos adquirir rapidamente e estamos nessas discussões agora", disse Dutton ao jornal The Australian.
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A declaração surge em meio a um impasse entre o Ocidente e a China na questão de Taiwan, assim que a Austrália se comprometeu a apoiar qualquer resposta dos EUA no caso de agravamento da situação.
"Penso que é o desejo dos americanos nos verem com esta capacidade muito mais cedo do que em 2040 e, obviamente, as opções estão sendo estudadas atualmente. Acredito que podemos concretizar a capacidade na primeira metade da década de 2030 e estamos trabalhando para isso", acrescentou o ministro da Defesa australiano.
Recentemente, o Ministério das Relações Exteriores da China prometeu que o país lutará até o fim se acontecer um confronto com os EUA.
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