Panorama internacional

Pequim acusa Washington de manipular Taiwan para tentar 'controlar a China'

Os EUA aumentaram a cooperação com Taiwan nos últimos anos, enquanto a China reforçou o envio de caças para a zona de identificação de defesa aérea da ilha.
Sputnik
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, acusou os EUA de romperem os compromissos relacionados ao princípio de Uma Só China e tentarem usar Taiwan para seus próprios interesses de tentar conter a China.
Zhao reiterou a posição de Pequim de que Taiwan é "uma parte inseparável da China", que "não é apenas um fato legal e histórico que não pode ser alterado, mas também um status quo que não pode ser contestado".
Além disso, o porta-voz fez referência a "algumas forças americanas" que estão teimando em manipular os assuntos de Taiwan em uma tentativa de "controlar a China", o que segundo ele, agravou as tensões no estreito de Taiwan.
Zhao instou Washington a respeitar o princípio de Uma China e os três comunicados conjuntos China-EUA sobre Taiwan, bem como "ser cuidadoso em suas palavras e ações relacionadas aos assuntos de Taiwan".
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De acordo com o porta-voz chinês, Washington deveria "parar de desenvolver laços militares com Taipé [...] para evitar danos às relações sino-americanas" e para manter a "paz e estabilidade ao longo do estreito de Taiwan".
Além disso, ele recordou as palavras do conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, que prometeu que os EUA fariam tudo para evitar que a China invadisse Taiwan.
O secretário de Estado dos EUA, Lloyd Austin, enfatizou que a Casa Branca segue comprometida com a política de Uma Só China, mas que está pronta para resistir a qualquer tentativa de Pequim de usar a força contra a ilha.
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Além disso, o secretário ressaltou que Washington está disposto a enfrentar a ascensão militar chinesa de maneira confiante e determinada, e está trabalhando para "apoiar a capacidade de defesa de Taiwan".
Estas declarações foram precedidas por outras do porta-voz do MRE chinês Wang Wenbin no final de outubro, que respondeu à promessa do presidente dos EUA, Joe Biden, de "defender Taiwan", exortando-o a não subestimar o compromisso da China com suas reivindicações em relação à ilha.
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