Panorama internacional

Chefe do executivo de Hong Kong recebe carta com ameaças e uma gilete, diz mídia

Carrie Lam entrou na lista de figuras públicas de Hong Kong a receberem esse tipo de intimidação. Nos últimos meses, vários juízes também foram alvo de críticas e supostas ameaças.
Sputnik
O conteúdo da carta não foi divulgado em detalhes pelo governo local, que somente informou a presença da lâmina e de uma carta com "conteúdo de intimidação". Segundo reportou o jornal The Standard, a carta continha uma lista de demandas. O envelope foi levado pela polícia, que vai dar seguimento à investigação.
"Seja a chefe do Executivo ou outros funcionários públicos, o governo de Hong Kong levará o caso a sério e não vai poupar esforços para levar o culpado à Justiça, a fim de defender a segurança dos funcionários públicos e a tranquilidade pública", disse o porta-voz do governo.
No mês passado, vários juízes receberam envelopes com carne podre e um pó branco não identificado. Em maio, a secretária de Segurança e o comissário de Polícia também receberam cartas com ameaças.
Especialistas suspeitam que o incidente seja um reflexo da insatisfação do povo, após a promulgação da Lei de Segurança Nacional, proposta por Lam, em resposta às manifestações pró-democracia entre 2019 e 2020.
A legislação foi promulgada não obstante os protestos. A lei foi desenhada para estabelecer um mecanismo de extradição de criminosos de Hong Kong para Taiwan, Macau e China. Os manifestantes alegavam a violação das liberdades civis.
Justiça de Hong Kong decreta 1ª condenação sob nova lei de segurança nacional
A Lei de Segurança Nacional determina a punição severa de manifestantes, com penas que podem chegar à prisão perpétua. A nova lei foi criticada pelo governo de diferentes países como a Austrália, Canadá, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.
Hong Kong é estruturada com base no acordo de "um país, dois sistemas" desde 1997, quando o Reino Unido e a China assinaram uma declaração conjunta, garantindo as liberdades civis no território. Os críticos, em especial o governo britânico, dizem que a lei viola o acordo. Já o governo chinês defende que a legislação traz estabilidade para Hong Kong.
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