Panorama internacional

Rússia adverte que exercícios de EUA e Israel contra Irã agravariam a situação na 'região explosiva'

Nesta quarta-feira (8), mídia informou que as autoridades dos EUA e de Israel planejavam discutir a realização de possíveis exercícios militares conjuntos em preparação para o "pior cenário", para destruir as instalações nucleares pacíficas do Irã se os esforços diplomáticos para salvar o acordo nuclear fracassarem.
Sputnik
Por sua vez, Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores russo, disse que exercícios conjuntos de EUA e Israel que visam treinar a destruição simulada da infraestrutura nuclear iraniana ameaçam desestabilizar o Oriente Médio e não devem ocorrer.

"Qualquer atividade de treinamento em uma região tão explosiva como esta acarreta o risco de se transformar em complicações adicionais. Isso não é necessário. Neste momento é importante mostrar contenção e concentrar-se na facilitação do processo de negociações, que, após uma longa pausa foram retomadas em Viena", disse diplomata russo em declarações a jornalistas.

Vice-ministro disse que não achou surpreendente a notícia sobre possíveis exercícios divulgada pela agência Reuters.
"Nós, é claro, partimos do pressuposto que os EUA e Israel, sendo aliados extremamente próximos e, em grande medida, compartilhando avaliações sobre a política iraniana e o papel do Irã na região, possam realizar tais eventos", disse ele.
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Os comentários de Ryabkov surgiram após informações publicadas pela Reuters citando altos funcionários dos EUA, que indicaram que Tel Aviv e Washington discutiriam a condução de exercícios conjuntos simulando um ataque à infraestrutura nuclear do Irã se as negociações de Viena falharem.
Por sua vez, recentemente, altos funcionários de Israel afirmaram que os EUA e o Irã podem estar elaborando um acordo nuclear que levaria ao cancelamento parcial das sanções americanas contra Teerã em troca da reversão ou congelamento das atividades nucleares iranianas, conforme o WSJ.
Em maio de 2018, o então presidente Donald Trump retirou os EUA do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês).
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