Panorama internacional

Navios da Marinha indiana estavam prontos para atacar China no auge da crise, diz almirante

Segundo novo chefe da Marinha indiana, embarcações foram estrategicamente implantadas no oceano Índico visando combater possíveis investidas da China, já que Pequim mantém "permanentemente sete navios na região".
Sputnik
Nesta sexta-feira (3), o chefe da Marinha indiana, almirante R Hari Kumar, disse que no auge do impasse na fronteira com a China, a Marinha da Índia implantou uma série de navios de guerra em posições avançadas na região do oceano Índico para deter quaisquer ameaças de conluio da China e do Paquistão.

"Quando houve um problema nas fronteiras do norte, nossos navios que foram implantados em missões foram posicionados de forma avançada, enquanto outros navios estavam prontos", afirmou Kumar.

O almirante assumiu o comando da Marinha recentemente, no dia 30 de novembro, e declarou que, em média, sete navios da Marinha do Exército de Libertação Popular (ELP) estão presentes a todo momento na região.

"Mantivemos os navios [da China] sob estreita vigilância, o que continuamos a fazer até agora. Mantemos um bom conhecimento de domínio em nossa área de responsabilidade", declarou.

Kumar também informou que a Marinha indiana tem um plano de dez anos para ter sistemas autônomos, submarinos e aerotransportados indígenas não tripulados, mas que não visa utilizá-los contra nenhum país específico.
"Nós evoluímos de uma Marinha de 33 navios para uma força potente, bem equilibrada e capaz. Não olhamos para o desenvolvimento de capacidade contra nenhum país em particular, o desenvolvemos dependendo de nossos interesses marítimos", respondeu o almirante.
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O impasse na fronteira entre a Índia e a China começou em relação às obras de infraestrutura no setor ocidental da Linha de Controle Real (LAC, na sigla em inglês) em abril de 2020.
Na quinta-feira (2), o ministro das Relações Exteriores da Índia, Jaishankar Subrahmanyam, acusou Pequim de violar "compromissos muito, muito claros em dois acordos de fronteiras sobre não acumular forças" na fronteira.
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