Panorama internacional

Irã apresenta documentos preliminares para regressar ao acordo nuclear de 2015

O Irã entregou às potências mundiais que fazem parte do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) dois projetos sobre o processo de cancelamento das sanções e o regresso do país ao acordo nuclear.
Sputnik
"Entregamos dois projetos de propostas [...] naturalmente, eles precisam verificar os textos que fornecemos. Se estiverem dispostos a seguir com as conversações, estamos em Viena para continuar participando delas", declarou Ali Bagheri Kani, chefe da equipe de negociações do Irã, citado pela Reuters.
O anúncio ocorreu no quarto dia de conversações indiretas sobre a reintegração do Irã e EUA ao JCPOA.
As negociações foram retomadas após uma pausa de cinco meses em razão da eleição do novo presidente iraniano, Ebrahim Raisi.
Nas vésperas do início das conversações, Teerã insistiu que não haveria forma de regressar ao acordo "sem um cancelamento verificável e efetivo de todas as sanções".
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Teerã não aceitará outras condições que não as acordadas originalmente no Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), ou tratado nuclear, disse na segunda-feira (29) Hossein Amir-Abdollahian, ministro das Relações Exteriores do Irã.
O chanceler iraniano sublinhou que o regresso dos EUA ao JCPOA não interessará ao governo do Irã se não forem oferecidas garantias de que Teerã poderá ter relações econômicas seguras com o país norte-americano.
O JCPOA foi assinado em 2015 pela Alemanha, China, EUA, França, Irã, Reino Unido, Rússia e União Europeia, com o objetivo de prevenir um eventual uso de urânio por Teerã para construir armas nucleares, em troca da retirada das sanções antes aplicadas ao país.
Em 2018, o então presidente dos EUA Donald Trump abandonou o acordo. Depois disso, o Irã também deixou de cumprir alguns dos compromissos do pacto.
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