Propagação e combate à COVID-19

Facebook: fake de cientista foi usado para espalhar informações falsas sobre COVID-19

Uma rede de comunicações vinculada à China teria utilizado centenas de contas falsas nas redes sociais, incluindo uma pertencente a um biólogo suíço fictício, para disseminar informações falsas sobre a COVID-19.
Sputnik
As falsas informações afirmavam que os EUA estariam pressionando os cientistas para culparem a China pela COVID-19, comunicou o Facebook na quarta-feira (1º).
A empresa não atribuiu diretamente a rede de desinformação ao governo chinês, porém observou que funcionários de empresas estatais chinesas e a imprensa estatal do país têm difundido estas afirmações falsas, que foram notícia na China.
"Operou como uma sala de espelhos na Internet, refletindo infinitamente a pessoa falsa inicial e sua desinformação antiamericana", assegura Bem Nimmo, que lidera as investigações sobre desinformação no Meta, empresa-mãe do Facebook e Instagram.
A operação começou em julho, quando foi criada uma conta no Facebook com o nome de Wilson Edwards, um suposto biólogo suíço.
No mesmo dia, o dono da conta assegurou que funcionários norte-americanos estavam exercendo "uma enorme pressão e inclusive intimidação" para fazer com que os cientistas exigissem novas investigações sobre a origem do vírus.
Em questão de horas, outras contas, algumas das quais foram criadas no mesmo dia, começaram a "curtir", compartilhar ou publicar links da mensagem original. Alguns dos usuários se passavam por pessoas do Ocidente e outros usavam fotos de perfil falsas.
O Facebook afirmou que encontrou um vínculo entre as contas e uma empresa de tecnologia baseada em Chengdu, na China, bem como laços com funcionários de empresas chinesas situadas no exterior.
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Uma semana depois da publicação da mensagem inicial, mídias chinesas e estrangeiras, começaram a publicar estas notícias de suposta intimidação norte-americana.
A operação foi exposta quando as autoridades suíças anunciaram em agosto que não havia registro da existência de um biólogo chamado Edwards.
Ao todo, o Meta suspendeu aproximadamente 600 contas no Facebook e Instagram, que estavam vinculadas com a rede, apontou Nimmo em uma teleconferência em que falou sobre as ações da empresa para combater diversas redes de desinformação no mundo.
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