Propagação e combate à COVID-19

O que se sabe sobre vacina nasal russa contra COVID-19? Diretor do Centro Gamaleya explica

Em outubro foi aprovada na Rússia uma vacina nasal para a segunda fase de ensaios clínicos que já foi experimentada por Vladimir Putin, presidente do país, e que poderá entrar nos mercados internacionais em 2022.
Sputnik
Quem receber dose de reforço da vacina nasal contra a COVID-19 não pode transmitir o vírus, disse Aleksandr Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, citado no sábado (27) pela emissora Rossiya-1.
Segundo Gintsburg, durante a administração da vacina nasal se formam os chamados anticorpos secretores na mucosa. Esses anticorpos serão segregados de forma semelhante às secreções nasais habituais e neutralizarão o vírus.

"A pessoa a quem foi aplicada a vacina nasal após ter sido vacinada com a Sputnik V [...] terá imunidade estéril [...] Com isso, você não será transmissor, elas [as secreções] vão logo neutralizar este vírus", comentou.

A decisão de tomar a vacina nasal indica o civismo de uma pessoa que não quer infectar os outros, sublinhou o acadêmico, acrescentando que a vacina nasal cria uma segunda barreira que o SARS-CoV-2 tem de atravessar para se estabelecer no organismo.
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Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou nesta semana que aplicou a vacina nasal na segunda-feira (22), sem sentir qualquer efeito negativo após o procedimento. Ele já tinha sido imunizado com a segunda dose da Sputnik Light no domingo (21), sendo que teve a primeira dose em março. Ambos os medicamentos foram produzidos pelo Centro Gamaleya.
Em outubro, o Ministério da Saúde da Rússia autorizou o uso da vacina nasal em voluntários, como parte da segunda fase de ensaios clínicos, que deverão envolver a participação de 500 pessoas até dezembro de 2023. A vacina poderá estar nos mercados internacionais em 2022.
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