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Doria defende privatização da Petrobras e criação de fundo em resposta à crise de combustíveis

O governador de São Paulo, João Doria, tem se posicionado sobre os principais assuntos no horizonte dos presidenciáveis, visando as eleições do ano que vem, a economia talvez seja o mais importante deles.
Sputnik
Ainda sem ter se consolidado como candidato oficial do PSDB, Doria tem explorado programas de rádio e TV para se posicionar especialmente sobre economia - ponto sensível para o governo de Jair Bolsonaro.
Em entrevista à Veja (26), o governador falou sobre um plano para combater a alta de preços dos combustíveis no qual considera privatizar uma das maiores empresas do país.

"A nossa posição é a favor da privatização da Petrobras, mas não para transferir um monopólio público para um monopólio privado, e, sim, dividir a Petrobras, através de uma modelagem bem elaborada, bem estruturada, para que ela possa ser diluída em várias empresas com força, com capacidade", afirmou.

Doria defende a criação de um fundo para subsidiar a enorme flutuação de preços dos combustíveis assim como seu secretário de Fazenda, Henrique Meirelles. A ideia é fazer um fundo de compensação com depósitos mensais, que, segundo o governador, evitaria que o aumento no custo do barril de petróleo fosse repassado imediatamente para o consumidor.
De acordo com o ex-presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, existem dois fatores que contribuem para a alta nos preços dos combustíveis, o valor do barril de petróleo em âmbito internacional e a cotação do dólar.
Segundo Meirelles a proposta seria uma espécie de "estabilizador" para a variação de preços do mercado interno e encontra amparo no principal projeto discutido no Congresso Nacional sobrme a pauta, entretanto, o mecanismo é diferente do que propõe o ministro da Economia, Paulo Guedes.
O líder do governo, Fernando Bezerra (MDB-PE), semana passada, publicou em seu Twitter a defesa de um Fundo de Estabilização dos Preços dos Combustíveis que seria abastecido por dividendos da Petrobras.
Há exatamente um ano a gasolina tinha preço médio de R$ 4,35 por litro. Hoje, o preço médio está em R$ 6,40 por litro.
O preço do barril de petróleo, desde o início do ano, variou cerca de 60%, e, por conta do avanço da COVID-19 no Hemisfério Norte, as perspectivas não são nada animadoras. Segundo o Banco de Investimentos Goldman Sachs, o barril de petróleo pode vir a custar até US$ 90 (pouco mais de R$ 500) até o fim do ano.
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