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Venezuela não teve eleições livres e justas, declara secretário de Estado dos EUA

No domingo (21) decorreram eleições regionais e municipais na Venezuela, com 41,8% dos eleitores depositando seus votos, 90% dos quais foram para o Partido Socialista Unido, governista.
Sputnik
No domingo (21) foi negado ao povo da Venezuela um processo de eleições regionais e municipais livre e justo pelo governo de Nicolás Maduro, disse na segunda-feira (21) Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA.
"O regime de Maduro privou novamente os venezuelanos de seu direito de participar de um processo livre e justo, durante as eleições regionais e locais da Venezuela de 21 de novembro. Com medo da voz e do voto de venezuelanos, o regime enviesou grosseiramente o processo para determinar o resultado desta eleição muito antes de qualquer cédula ter sido entregue", descreveu ele o pleito no país sul-americano.
De acordo com o diplomata, houve assédio a atores políticos e civis da Venezuela, com várias táticas autoritárias impedindo o pluralismo político e assegurando que as eleições não refletissem a vontade do povo venezuelano.
"Os EUA estão do lado da Venezuela e apoiam as negociações para restaurar a democracia no país. Os EUA continuarão trabalhando com parceiros venezuelanos e internacionais para forçar a libertação de todos os injustamente detidos pelo governo, e para o fim dos abusos de direitos humanos", afirmou o alto responsável norte-americano.
Washington tem se oposto há muito tempo aos líderes socialistas na Venezuela, com uma tentativa de golpe de Estado falha em 2002 para remover Hugo Chávez, presidente do país eleito democraticamente em 1999. Seu sucessor, Nicolás Maduro, ganhou pela primeira vez as eleições em 2013 e novamente em 2018.
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Após expropriações de algumas empresas norte-americanas, os EUA começaram a impor sanções em 2008. Em 2017, com a entrada da administração de Donald Trump (2017-2021), o ritmo de imposição de sanções a Caracas por Washington aumentou, e em janeiro de 2019 o opositor Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela, mas falhou em remover Maduro do poder.
As eleições de domingo (21) terminaram com a vitória do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) governista, que ganhou 90,21% dos cerca de 8,15 milhões de votos depositados nas urnas, com uma taxa de comparecimento de 41,8%.
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