Panorama internacional

Mídia: Alemanha deve 'acelerar' certificação do Nord Stream 2 para evitar maiores preços energéticos

O país europeu foi exortado por uma das maiores empresas mundiais no setor de mercadorias a certificar brevemente o gasoduto russo Nord Stream 2, em meio a temores de "apagões na Europa".
Sputnik
A Alemanha deve "acelerar" o processo de emissão do certificado para o gasoduto Nord Stream 2 para evitar um maior aumento no preço de energia, segundo Jeremy Weir, diretor do Trafigura, uma das maiores comerciantes de mercadorias do mundo, citado na quarta-feira (17) pelo jornal Le Monde.
Weir também indicou potencial de possíveis "apagões na Europa" devido à possibilidade de um "inverno [europeu] frio" no continente.
Como comenta o Le Monde, a decisão da Alemanha de suspender a certificação do Nord Stream 2 teve lugar "em um período crítico, quando vários fatores entraram em conjunto: reservas estão invulgarmente baixas, há falhas de infraestrutura, os ventos estão demasiado fracos para as turbinas de vento funcionarem, e há um crescimento no consumo de metano na Alemanha e Reino Unido".
Uma das outras razões para o aumento dos preços energéticos na Europa foi o aumento da demanda do gás natural liquefeito na Ásia, segundo o Le Monde.
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Na terça-feira (16) o regulador alemão Bundesnetzagentur suspendeu a certificação da Nord Stream 2 AG como operadora independente do gasoduto Nord Stream 2.
"Após um exame profundo da documentação, o Bundesnetzagentur concluiu que só seria possível certificar um operador do gasoduto Nord Stream 2 se esse operador for organizado de forma legal sob lei alemã", disse o regulador, acrescentando que o processo de certificação continuará quando a empresa-mãe transferir o capital e pessoal para a subsidiária alemã.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, e a empresa estatal petrolífera russa Gazprom, têm referido que estão cumprindo o fornecimento de gás à Europa, inclusive anunciando periodicamente o aumento no transporte ao continente.
Os preços energéticos na Europa e em algumas outras partes do mundo, como a China, têm crescido muito nos últimos meses.
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