Panorama internacional

Cúpula Biden-Xi reduz tensão, mas sem progressos quanto a Taiwan e mar do Sul da China, diz analista

Na reunião virtual da última segunda-feira (15), Joe Biden e Xi Jinping não fizeram qualquer progresso nas questões mais controversas das relações entre os EUA e a China, como Taiwan, o mar do Sul da China ou os direitos humanos, segundo um analista.
Sputnik
A conversa entre os presidentes dos EUA e China provocou tanto notícias boas, como ruins, afirmou à Sputnik o professor Michael Klare, diretor do Programa das Cinco Faculdades em Estudos da Paz e Segurança Mundial (EUA).
"Eu diria que é uma questão de copo meio cheio, meio vazio", segundo Klare.
"Biden e Xi conseguiram reduzir as tensões entre os dois países, que estavam ficando extremamente tensas nas semanas que antecederam a cúpula virtual", disse.
Os presidentes estabeleceram uma base para um progresso futuro em algumas questões, como as mudanças climáticas e o comércio, onde os interesses dos dois países coincidem, conforme o professor.

No entanto, "ambos os líderes foram muito inflexíveis ao afirmar seus interesses centrais: a China não mostrou flexibilidade sobre Taiwan e os EUA não mostraram flexibilidade sobre o mar do Sul da China, por isso não está claro se são possíveis novos progressos nas questões mais controversas".

O analista sublinhou que, mesmo assim, a reunião estabeleceu um novo procedente, com ambas as partes mostrando sua vontade de participar de diálogos construtivos para evitar tensões entre elas.
"Eu acredito que a dinâmica mudou, no sentido de que ambos os líderes reconheceram implicitamente que, sem algum grau de diálogo e compromisso, as relações entre os Estados Unidos e a China podem 'evoluir para um conflito' como disse Biden, resultando em um confronto maior que ninguém quer", concluiu Klare.
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