Ciência e sociedade

Cientistas revelam consequências da última tempestade solar 'canibal' sobre a Terra

Nos últimos dias, a Terra foi atingida por uma grande tempestade geomagnética resultante de uma série de explosões na superfície do Sol, levantando preocupações sobre as chamadas tempestades solares "canibais".
Sputnik
Tais erupções têm sido monitoradas desde o início de novembro pelo Centro de Previsão Meteorológica Espacial (SWPC, na sigla em inglês), parte da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), relata o portal Space.com.
Foram detectados vários jatos de massa coronal (chamados de CMEs), que consistem em nuvens de bilhões de toneladas de plasma gasoso com campos magnéticos de radiação, e de ventos provenientes de nossa estrela.
Embora este fenômeno faça parte dos ciclos de vida normais do Sol - com duração normal de 11 anos - os cientistas estão preocupados com os efeitos que pode ter em nosso planeta.
Tempestade magnética provocada por erupção solar de classe máxima atinge a Terra
O SWPC alertou sobre as possíveis consequências das tempestades magnéticas na vida humana, tais como irregularidades de tensão na rede elétrica, falsos alarmes em dispositivos de segurança, e problemas intermitentes com a navegação por satélite (GPS).
Contudo, a tempestade geomagnética desta semana revelou um dos piores cenários, de acordo com os observadores, uma vez que se originou graças à fusão de explosões de diferentes EMCs.
"A primeira CME percorreu essencialmente cerca de 150 milhões de quilômetros, e quase abriu caminho para que outras CMEs chegassem atrás dela", explicou Bill Murtagh, coordenador do SWPC.
O especialista apontou que, até agora, os eventos resultantes da tempestade podem ser monitorados, mas caso se dê o fenômeno de CME "canibal" - onde vários jatos se juntam - as tempestades geomagnéticas podem interferir na infraestrutura da Terra, afetando os sistemas de comunicação e dispositivos elétricos.
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