Panorama internacional

Irã seguirá melhorando seu potencial de defesa não obstante sanções dos EUA, diz chanceler iraniano

O chanceler iraniano, Hossein Amir‑Abdollahian, em ligação telefônica com seu homólogo francês, Jean-Yves Le Drian, declarou hoje (9) que Teerã ignorará o comportamento não construtivo de Washington e a imposição de novas sanções.
Sputnik
Ele também disse que o país vai continuar reforçando sua capacidade de defesa. Durante a conversa, o chanceler iraniano discutiu as próximas negociações sobre a retomada do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês).
Le Drian exortou o Irã a regressar às negociações de imediato e ressaltou a importância da cooperação do Irã com a Agência Internacional de Energia Atómica.
"Ignorando as ações não construtivas e as sanções dos Estados Unidos, vamos continuar aumentando o potencial de defesa de nosso país", cita as palavras de Abdollahian a agência Fars.
No final de outubro, os EUA, não obstante dizerem que pretendiam regressar ao acordo nuclear com o Irã, impuseram sanções contra quatro cidadãos iranianos, dois dos quais teriam alegadamente ligações com o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês).
Na lista de restrições norte-americanas foram também incluídas duas empresas sediadas no Irã. O Irã, por sua vez, considera o cancelamento total das sanções americanas a condição principal para que os EUA possam participar das negociações.
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Em meio às declarações iranianas sobre o aumento da sua exportação de petróleo, o IRGC impediu a apreensão de um petroleiro pelos EUA no mar do Omã. Segundo a mídia iraniana, o ato de Washington teria sido destinado a dificultar a exportação de combustível pelo Irã.
As tensões entre os dois países ocorrem em um momento em que se espera a retomada das negociações em Viena. Em 20 de junho terminou a 6ª rodada. No final de outubro, o assessor de Segurança Nacional do presidente Joe Biden, Jake Sullivan, informou que os EUA estão prontos para retomar as negociações de boa-fé com o Irã sobre o regresso ao acordo JCPOA, que o então presidente Donald Trump abandonou em 2018.
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