Panorama internacional

EUA deverão lançar em janeiro primeiros projetos de infraestrutura 'rivais' da China, diz mídia

Funcionário norte-americano divulgou os planos dos EUA de começar a executar a iniciativa Reconstruir um Mundo Melhor, considerada uma resposta ao projeto chinês Um Cinturão, Uma Rota.
Sputnik
Os EUA planejam investir, a partir de janeiro de 2022, em grandes projetos de infraestrutura pelo mundo afora, para contrariar a Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota da China, relata na segunda-feira (8) a agência britânica Reuters.
De acordo com um funcionário norte-americano, na última semana uma delegação dos EUA, chefiada por Daleep Singh, vice-conselheiro de Segurança Nacional da administração do presidente Joe Biden, visitou o Senegal e o Gana, onde apontou pelo menos dez "projetos promissores", em visitas que envolveram encontros com líderes governamentais e do setor privado.
Trata-se de uma ação que se insere na iniciativa Reconstruir um Mundo Melhor (B3W, na sigla em inglês), anunciada na cúpula do G7 em junho para oferecer uma "alternativa" aos investimentos de infraestrutura globais da China. Esse tipo de visitas tem também ocorrido em outras regiões, como o Equador, o Panamá e a Colômbia, países que outra delegação dos EUA visitou no final de setembro e início de outubro.
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Os primeiros "projetos emblemáticos" poderão começar no início de 2022, segundo a fonte.
O objetivo declarado do B3W é preencher as necessidades de financiamento de países em desenvolvimento na área da infraestrutura, no valor de US$ 40 trilhões (quase R$ 205 trilhões) até 2035, e contrariar "práticas de empréstimo problemáticas" da China, usando "toda a gama" de instrumentos financeiros dos EUA.
Está também planejado que uma comitiva do país norte-americano visite a Ásia até o fim do ano, sem o funcionário dos EUA ter referido datas ou países concretos.
Na terça-feira (9), Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, comentou o projeto, referindo haver "enorme espaço" para cooperação em infraestrutura, pois "diferentes iniciativas não têm de contrariar ou substituir outras".
"Os países devem trabalhar para construir em vez de derrubar pontes, promover a conectividade em vez de se separarem, procurar benefícios múltiplos e resultados de benefícios mútuos, em vez de isolamento e exclusividade", opinou.
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