Morte de 10 civis em operação dos EUA no Afeganistão não representa 'violação da lei', diz Pentágono

No final de agosto de 2021, um ataque de drone no Afeganistão conduzido pelos EUA vitimou dez civis, algo que foi descrito como "erro trágico".
Sputnik
Três adultos, incluindo um homem que teria ajudado as forças dos EUA no país, e sete crianças foram mortos na operação de 29 de agosto, após uma casa ter sido atingida pelas forças de Washington, que pensavam que ela abrigava militantes do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países).
Contudo, de acordo com a investigação monitorada pelo inspetor-geral da Força Aérea dos EUA, esse ataque errôneo e fatal não violou, na verdade, nenhuma lei.
"A investigação não encontrou nenhuma violação da lei, incluindo a lei da guerra. Erros de execução combinados com falhas de informação e quebras de comunicação provocaram lamentáveis vítimas civis", explicou o tenente-general Sami Said, inspetor-geral da Força Aérea norte-americana, citado pelo The Guardian.
"Foi um erro honesto [...] Mas não foi conduta criminal, conduta descuidada ou negligência", afirmou Said, citado na matéria, acrescentando que os responsáveis pela operação acreditavam genuinamente que estariam visando o alvo certo.
Contudo, a interpretação da inteligência e as observações de um carro alvejado e seus ocupantes durante oito horas foi "lamentavelmente imprecisa", disse ele citado pelo The Guardian.
Após uma investigação preliminar, o Pentágono admitiu, em 17 de setembro, que se tinha cometido um "erro trágico", e se comprometeu em fornecer uma compensação aos membros sobreviventes da família afetada pelo ataque de drone.
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