Yahoo! encerra atividades na China sob alegação de 'ambiente cada vez mais desafiador'

Portal norte-americano desativa suas operações no país asiático logo após implantação de lei chinesa que limita informações e define padrões de como elas devem ser armazenadas.
Sputnik
Após o LinkedIn divulgar a mesma medida em outubro deste ano, nesta terça-feira (2), foi a vez do Yahoo! anunciar que saiu da China. A empresa alegou "um ambiente operacional cada vez mais desafiador" para justificar o encerramento das atividades, segundo a AP News.
"Em reconhecimento ao ambiente jurídico e de negócios cada vez mais desafiador na China, o pacote de serviços do Yahoo não estará mais acessível no país a partir de 1º de novembro", declarou o portal citado pela mídia.
O Yahoo! também afirmou que "continua comprometido com os direitos de nossos usuários e com uma Internet livre e aberta", outro motivo que levou ao fechamento das operações.
No entanto, a mídia relata que a retirada foi em grande parte simbólica, já que muitos dos serviços da empresa já estavam bloqueados pela censura digital de Pequim.
A saída do portal coincidiu com a implantação da Lei de Proteção de Informações Pessoais da China, que limita as informações que as empresas podem reunir e define os padrões de como elas devem ser armazenadas.
As leis chinesas também estipulam que as empresas que operam no país devem entregar os dados se solicitados pelas autoridades, tornando difícil para as empresas ocidentais operarem, uma vez que também podem enfrentar pressão para ceder às demandas chinesas.
Um smartphone mostra a página inicial do Yahoo quando acessado dentro da China em Pequim, China, 2 de novembro de 2021
Como alternativa, o país vem preenchendo o vazio deixado por essas empresas criando uma Internet com seus próprios gigantes digitais. O mecanismo de busca Baidu substituiu amplamente o Yahoo! e o Google, e o WeChat e o Weibo são as principais plataformas de mídia social.
O fechamento das atividades do Yahoo! ocorre em um momento emblemático, no qual os governos norte-americano e chinês disputam tecnologia e comércio. 
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