Taiwan melhora treinamento de reservistas em meio a tensões com China, diz Defesa da ilha

O Ministério de Defesa de Taiwan anunciou a intenção de melhorar o treinamento de reservistas ante uma nova espiral de tensões entre Taipé e Pequim.
Sputnik
Os programas de instrução e formação passarão a ter uma duração de 14 dias, em vez de cinco e sete atuais, informou a entidade em uma nota emitida nesta terça-feira (2).
A primeira semana será focada no treinamento de tiro com mais munições e mais horas de prática, enquanto a segunda terá o foco na preparação para diversas situações de combate, com o objetivo de aperfeiçoar o comando das tropas e suas capacidades.
Os reservistas serão chamados a treinar até quatro vezes nos oito anos posteriores à entrada na reserva, por um período máximo de 20 dias de cada vez.
O ministro da Defesa taiwanês, Chiu Kuo-cheng, advertiu no início de outubro passado que o Exército Popular de Libertação chinês estaria completamente preparado para invadir a ilha até 2025. Aviões militares da China realizam incursões regulares na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan, com cerca de 150 intrusões registradas na primeira semana de outubro.
A presidente Tsai Ing-wen assegurou em 10 de outubro que ninguém poderá obrigar os taiwaneses a tomar o caminho traçado por Pequim, porque "não oferece uma forma de vida livre e democrática para Taiwan, nem soberania" para seus 23 milhões de habitantes. Ela fez essa declaração um dia depois que seu homólogo chinês, Xi Jinping, afirmou que Pequim "pode conseguir a reunificação" com este território.
As relações oficiais entre Pequim e Taipé foram suspensas em 1949, depois que as forças do partido nacionalista chinês Kuomintang, lideradas por Chiang Kai-shek, sofreram uma derrota na guerra civil contra o Partido Comunista da China e se mudaram para Taiwan.
As relações entre Taiwan e a China continental foram restabelecidas apenas a nível empresarial e informal no final da década de 1980.
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