China pode invadir Taiwan 'em breve', afirma ex-premiê da Austrália

Ex-primeiro-ministro da Austrália exortou as "democracias parceiras de Taiwan" a aplicar mais esforços para ajudar a ilha contra o que poderia ser "uma verdadeira invasão" por parte da China.
Sputnik
A China poderá em breve invadir Taiwan ou avançar nesse sentido, afirmou na sexta-feira (29) Tony Abbott, ex-premiê da Austrália (2013-2015), citado pelo portal Defense News.
"Acho muito possível que em algum momento, talvez bastante em breve, a China possa aumentar o ímpeto, seja com um bloqueio da chamada província rebelde, para ensinar aos taiwaneses que eles [...] precisam fazer algum tipo de acomodação com Pequim, ou, talvez, até uma verdadeira invasão", teorizou na sexta-feira (29) Abbott, em um evento no Centro Wilson australiano.
"Na ausência de apoio dos outros [países], os taiwaneses podem achar esta uma luta desigual e fundamentalmente desesperada, e é por isso que acho importante que as democracias parceiras de Taiwan proporcionem toda a solidariedade que podemos", disse o antigo primeiro-ministro do país oceânico.
Tony Abbott, ex-premiê da Austrália (2013-2015), fala com Tsai Ing-wen, presidente taiwanesa, em Taipé, Taiwan, 7 de outubro de 2021
No início do mês, Abbott visitou Taipé, onde fez comentários a favor da ilha, avisando que a China pode atacar "desastrosamente" o território na tentativa de alcançar uma reunificação. Joe Biden, presidente dos EUA, por sua vez, declarou em 22 de outubro, em resposta a uma pergunta, que Washington defenderia Taiwan em caso de ataque da China, levando a críticas de Pequim em ambos os casos.
Neste ano, a China tem aumentado os voos na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ, na sigla em inglês) de Taiwan, que não reconhece, levando a maior movimentação por parte de Taipé e países ocidentais a favor do território autogovernado.
Pequim defende a política de Uma Só China, reconhecida oficialmente pela ONU e os EUA desde os anos 1970, e espera que Taiwan um dia complete a reunificação com o país. Pequim tem ainda exortado os países estrangeiros, particularmente os EUA, a não se intrometerem nos assuntos internos do país.
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