'Narcotraficante mais terrível do mundo': capturado na Colômbia chefe do Clã do Golfo (VÍDEO)

Foi capturado Dairo Antonio Úsuga David, vulgo Otoniel, o homem mais procurado da Colômbia, por quem a Administração de Fiscalização de Drogas dos EUA ofereceu US$ 5 milhões (R$ 28 milhões).
Sputnik
Neste sábado (23), as autoridades colombianas, no âmbito da Operação Osíris, no Urabá de Antioquia, confirmaram a captura do chefe do Clã do Golfo, Dairo Antonio Úsuga David, de 50 anos. O Clã do Golfo é considerado o maior grupo de narcotraficantes da Colômbia, segundo El Tiempo.
O presidente Iván Duque foi ao local de detenção, onde deu uma coletiva de imprensa, declarando que "o fim do Clã do Golfo está marcado".
O presidente destacou que é "o golpe mais duro que o narcotráfico sofreu neste século na Colômbia" e garantiu que a detenção de Otoniel é "comparável apenas com a queda de Pablo Escobar".
Duque afirmou que Otoniel "era o narcotraficante mais terrível do mundo; assassino de policiais, soldados, líderes sociais, além de recrutador de menores, também é conhecido por aquela demência que o levou a abusar repetidamente de crianças, meninas e adolescentes".

Operação Osiris

O presidente declarou que Otoniel foi capturado no âmbito da Operação Osiris. O general Luis Fernando Navarro, comandante-geral das Forças Militares da Colômbia, informou que seguiram o rastro de Otoniel por cerca de sete anos.
​Primeiras imagens de Otoniel capturado. Informações completas neste momento e detalhes inéditos da operação em Noticias RCN às 19h00 em nossa transmissão.
No entanto, em janeiro de 2021 "foi decidido mudar os ritmos" e foi desenvolvida uma nova estratégia para entender melhor as estruturas e a rede de apoio do criminoso.
A Operação Osiris foi realizada com mais de 500 homens das forças especiais do Exército e da Marinha, além de 22 helicópteros de apoio. Durante a execução da operação, os colombianos também tiveram o apoio de satélites de agências de inteligência dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Há meses, o estado de saúde do chefe criminoso piorou devido a hipertensão, diabetes e problemas renais. De acordo com relatórios de inteligência, o chefe do Clã do Golfo não utilizava serviços tecnológicos como telefones celulares e se comunicava através de uma rede de correios humanos, conforme El Tiempo.
Contra Otoniel existem mais de 120 processos abertos por toda uma série de crimes e um aviso vermelho emitido pela Interpol por homicídio múltiplo agravado, sequestro múltiplo agravado, sequestro e conspiração para cometer um crime.
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