'Mentiram desde início': mais de 500 americanos e residentes legais ainda podem estar no Afeganistão

Os congressistas republicanos estão furiosos com os relatos de que mais de 500 norte-americanos e residentes permanentes legais ainda podem estar no Afeganistão, o que é muito acima do número de "100 a 200" pessoas revelado pela Casa Branca.
Sputnik
Fontes do Congresso dos EUA disseram a vários meios de comunicação que o Departamento de Estado os informou que está em contato com 363 cidadãos americanos e mais de 170 residentes permanentes no Afeganistão. 176 cidadãos americanos supostamente querem deixar o país.
Nesta semana, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, anunciou que o governo facilitou a evacuação de 234 cidadãos americanos e 144 residentes permanentes legais de Cabul nos dois meses desde o fim oficial da operação dos EUA em 31 de agosto.
Price também observou que um "número adicional" não especificado de americanos e residentes permanentes legais saiu do país de maneira independente de avião ou cruzando a fronteira terrestre.
No final de agosto, o secretário de Estado Antony Blinken insistiu que apenas "um pequeno número de americanos, menos de 200 e provavelmente perto de 100", estava no país e queria sair.
Price repetiu o número de "100 a 200", mesmo depois de anunciar o número de que cerca de 400 cidadãos americanos e residentes permanentes foram retirados.
O congressista Darrell Issa, republicano da Califórnia, acusou, em entrevista ao Fox News no sábado (23), a administração Biden de ter mentido sobre as estimativas de pessoas a evacuar.
"O que suspeitávamos há muito agora está confirmado: o que a Casa Branca chama de transporte aéreo historicamente bem-sucedido foi na realidade a pior traição de sempre de cidadãos americanos em um país estrangeiro", afirmou Issa.
"Então, eles mentiram sobre isso desde o início", acrescentou.
O senador republicano Ben Sasse, de Nebraska, também disse que o "número oficial [do governo] era 'cerca de cem' e magicamente nunca mudou", e que mesmo "à medida que os americanos saíam lentamente o número total nunca diminuiu".
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