Notícias do Brasil

G20 precisa ser mais africano e menos europeu, defende Celso Amorim em evento na Rússia

A 18ª reunião anual do Clube Valdai de Discussões Internacionais, intitulada "Mudança Global no Século XXI: O Indivíduo, os Valores e o Estado", teve início nesta segunda-feira (18) na cidade turística russa de Sochi, após um hiato de dois anos e vai durar até quinta-feira (21).
Sputnik
É preciso repensar a ordem mundial existente, privilegiando o mundo multipolar e conferindo ao G20 um papel de liderança, para enfrentar os desafios pós-pandêmicos, disse o ex-chanceler brasileiro Celso Amorim nesta segunda-feira (18).
"Para lidar com [as crises], precisamos de um novo tipo de estrutura institucional. Acho que a coisa mais próxima que combina algum grau de legitimidade, ou representatividade, com algum grau de eficácia, é o G20. Acho que precisaríamos mudar um pouco o G20 para torná-lo um pouco mais africano [...] um pouco menos europeu talvez", disse Amorim na abertura da reunião do Clube Valdai de Discussões Internacionais, em Sochi, Rússia.
Mudar a ordem mundial em nível global exigiria algum tipo de novo tratado e uma nova maneira de pensar, acrescentou o ministro das Relações Exteriores do Brasil durante a presidência de Lula.
O diplomata brasileiro, Celso Amorim, durante coletiva de imprensa no seminário "Ameças à Democracia e Ordem Multipolar", em São Paulo, em 13 de setembro de 2018.
Amorim acredita que o G20 deve ter autoridade sobre organizações específicas, como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
A 18ª reunião anual do Clube Valdai de Discussões Internacionais, intitulada "Mudança Global no Século XXI: O Indivíduo, os Valores e o Estado", teve início nesta segunda-feira (18) na cidade turística russa de Sochi, após um hiato de dois anos, e vai durar até quinta-feira (21).
Comentar