EUA e Filipinas retomarão exercícios militares em 2022 com Reino Unido e Austrália como observadores

Os EUA e as Filipinas estão planejando voltar aos exercícios militares conjuntos em larga escala em 2022, e deverão convidar a Austrália e o Reino Unido como observadores, sendo isso outro sinal do impulso da administração Biden para aprofundar os laços com a região do Indo-Pacífico.
Sputnik
Os EUA querem "aumentar a complexidade e o alcance" de seus exercícios militares com as Filipinas e planejam convidar novos parceiros para se juntarem aos treinamentos, afirmou o almirante John Aquilino, chefe do Comando no Indo-Pacífico dos EUA, em uma coletiva de imprensa na capital filipina, Manila, citado pelo South China Morning Post.
Por seu lado, o chefe militar filipino José Faustino reiterou que o Reino Unido, a Austrália e o Japão estão entre os países "com a mesma mentalidade" que poderiam se juntar aos exercícios como observadores.
A China, contudo, não se opõe aos exercícios militares de outras nações, mas espera que "eles não visem nenhum [Estado] terceiro", comentou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do gigante asiático, Zhao Lijian, em uma coletiva de imprensa regular em Pequim, citado pela mídia.
O aumento do envolvimento militar toma lugar após os EUA, o Reino Unido e a Austrália terem revelado, no mês passado, uma parceria de segurança, apelidada de AUKUS, que permite a Camberra adquirir tecnologia de submarinos movidos a energia nuclear.
Enquanto algumas nações do Sudeste Asiático se mostraram preocupadas com a possibilidade de o pacto mencionado provocar uma corrida armamentista regional, as Filipinas apoiaram amplamente a iniciativa, advertindo que Manila queria manter boas relações de defesa com todos os países do Indo-Pacífico, relata o South China Morning Post.
No início de seu mandato, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, pretendia terminar com os exercícios militares com os EUA, enquanto procurava construir laços com a China. Porém, nos últimos meses as Filipinas têm se voltado para sua aliança de longa data com Washington em meio a tensões com Pequim sobre o domínio do mar do Sul da China.
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