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CPI da Covid: após vazamento de documento, leitura do relatório final é adiada

Leitura estava marcada para a próxima terça-feira (19), mas, de acordo com o presidente da comissão, Omar Aziz, deve ficar para quarta-feira (20). Senadores têm divergências sobre pontos do texto.
Sputnik
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, informou neste domingo (17) que a leitura do relatório final da comissão foi adiada, informou o portal G1. Prevista inicialmente para ocorrer na terça-feira (19), o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), confirmou o adiamento da leitura para quarta-feira (20) e prevê que o relatório seja votado até dia 26 de outubro.
"A decisão não foi minha, foi do presidente, senador Omar. E eu concordo. Teremos mais tempo para discutir melhor o parecer e encaminhar melhores soluções. Acho que isso ajudará bastante no debate, dará mais tempo", afirmou Renan ao portal.
Segundo o senador Humberto Costa (PT-PE), integrante do grupo majoritário da CPI, conhecido como G7, houve "mal-estar" com o vazamento do relatório. O jornal Estadão teve acesso ao documento de 1.052 páginas.
"A ideia é dar vista por sete dias. Porque o relatório terminou sendo divulgado em partes, vazado, sem que houvesse uma discussão preliminar entre o G7 e isso criou um mal-estar muito grande. Tem muita coisa onde há concordância, mas muita coisa onde não há. Esses sete dias vão tentar ajudar para construir um consenso", afirmou o senador petista ao jornal O Globo.

​Indiciamento do presidente

O relator da CPI deve indicar ao menos 11 tipos penais para o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Além dele, deve haver 63 sugestões de indiciamentos no relatório. Entres eles estão três ministros do governo e os filhos do presidente: Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro.
Os crimes pelos quais Renan Calheiros pedirá o indiciamento do presidente são, de acordo com O Globo: epidemia com resultado de morte; infração de medidas sanitárias; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documento particular; charlatanismo; prevaricação; genocídio de indígenas; crimes contra a humanidade; crimes de responsabilidade; e homicídio por omissão.
Durante a CPI da Covid, os senadores interrogaram 59 pessoas na condição de convidadas, testemunhas ou investigadas.
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