Stoltenberg vê desenvolvimento da China e parceria Pequim-Moscou como ameaça à segurança da OTAN

O mais alto representante da Aliança Atlântica frisa que, embora continue a ser um empreendimento regional, a OTAN tem como objetivo enfrentar desafios à escala global.
Sputnik
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, afirmou nesta segunda-feira (11) que o desenvolvimento econômico da China e sua colaboração com a Rússia representam uma ameaça à segurança da Aliança Atlântica.
"A ascensão da China é importante para nossa segurança. Nós vemos como tentam controlar infraestruturas cruciais, vemos no ciberespaço, vemos na África [...]. A China pretende se tornar a economia líder mundial, fazendo progressos significativos na criação de tecnologias destrutivas e investindo somas consideráveis ​​em seu potencial nuclear, trabalhando cada vez mais de perto com a Rússia", disse Stoltenberg durante a 67ª Assembleia Parlamentar da OTAN.
Por outro lado, secretário-geral da organização sublinhou que a Aliança Atlântica continuará a ser um empreendimento regional, embora com um objetivo importante: enfrentar desafios à escala global.
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, conversam após a cúpula da OTAN em Bruxelas, Bélgica, em 14 de junho de 2021
"Não estou defendendo a transformação da OTAN em uma aliança global. Mas acredito que, sendo uma aliança regional, devemos enfrentar as ameaças globais", enfatizou Stoltenberg.

Expulsão de representantes russos

Em 6 de outubro, a OTAN anunciou que decidiu privar "oficiais de inteligência russos não declarados" de acreditação oficial perante a Aliança Atlântica e reduziu o número dos representantes da delegação de Moscou para dez.
Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, durante coletiva de imprensa em Moscou
Jens Stoltenberg justificou a medida afirmando que a OTAN teve que agir contra crescentes "atividades malignas" da Rússia. A representante oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova, qualificou essa decisão como "um passo absurdo".
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