Apenas 2 meses no cargo: presidente do Peru aceita renúncia do primeiro-ministro

Guido Bellido apresentou sua renúncia em caráter irrevogável em carta enviada ao presidente. Pedro Castillo anunciou a posse de um novo gabinete ainda nesta quarta-feira (6).
Sputnik
O presidente do Conselho de Ministros do Peru, Guido Bellido, apresentou nesta quarta-feira (6) sua renúncia ao presidente do país, Pedro Castillo. O anúncio foi feito pelo próprio Castillo em uma mensagem à nação. O primeiro-ministro sai do cargo dois meses desde o início do governo de esquerda.
"Hoje aceitamos a renúncia do presidente do Conselho de Ministros, Guido Bellido Ugarte, a quem agradeço pelos serviços prestados", disse Castillo em breve mensagem à nação.
O presidente explicou que sua prioridade continua sendo enfrentar os "grandes problemas" do país, que em sua opinião são a saúde, a fome e a pobreza. Com base nisso, "decidi tomar algumas decisões a favor da governabilidade", disse Castillo, destacando que "o equilíbrio de poderes é a ponte entre o estado de direito e a democracia".
O presidente acrescentou que Bellido entregou sua carta de renúncia em caráter irrevogável. Castillo concluiu afirmando que ainda nesta quarta-feira (6) vai anunciar a posse de um novo gabinete.
"Tendo cumprido todas as funções correspondentes à instituição, cumpro a minha renúncia irrevogável ao cargo de presidente do Conselho de Ministros conforme você (Castillo) me solicitou e, nesse sentido, estou inteiramente à disposição para realizar de forma ordenada a transferência correspondente de gestão", lê-se na carta de renúncia divulgada pelo portal Infobae.
Pedro Castillo, presidente já proclamado oficialmente do Peru, no balcão da sede do partido Peru Livre em Lima, 19 de julho de 2021

Nova Constituição

Em julho, em sua primeira mensagem ao país como chefe de Estado, Pedro Castillo defendeu a apresentação de um projeto de lei para convocar um plebiscito para mudar a Constituição. Ele assumiu a presidência pelo quadriênio de 2021 a 2026.
Em seu discurso na sede do Congresso, Castillo indicou que a Assembleia Constituinte vai redigir uma nova Constituição, que "deve ser multinacional, popular e com paridade de gênero em sua composição".
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