Chancelaria da China revela mais de 100 exemplos de alegada interferência dos EUA em Hong Kong

O Ministério das Relações Exteriores da China divulgou uma lista chamada de "folha informativa" das tentativas dos EUA de interferirem nos assuntos de Hong Kong e apoiarem o movimento antichinês na cidade.
Sputnik
O documento, publicado nesta sexta-feira (24) pela chancelaria chinesa, tem mais de 100 supostas violações norte-americanas interferindo nos assuntos de Hong Kong e na política da China na cidade.
O documento está dividido em cinco seções: aprovação de leis para atingir China e Hong Kong; imposição de sanções e tentativas de bloquear a política da China na cidade; difamação contra o governo e polícia locais; apoio aos ativistas de Hong Kong; aliança com parceiros internacionais para interferência.
"A lista de fatos é um contra-ataque forte contra a difamação dos EUA contra o governo chinês em Hong Kong e as chamadas sanções contra funcionários chineses", disse o porta-voz do Gabinete de Assuntos de Hong Kong e Macau, citado pelo South China Morning Post.
Em coletiva de imprensa no mesmo dia, o porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian, afirmou que a lista é um registro sistemático de interferências de Washington desde 2019.
"É impossível para os Estados Unidos ter sucesso com seu plano para limitar o desenvolvimento da China [...] O governo chinês continuará dando respostas firmes e fortes à maneira como Washington tem interferido nos assuntos de Hong Kong", advertiu.

Exemplos de alegadas interferências

A seção nomeada "difamação da política da China em Hong Kong" sublinha a aprovação da Lei de Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong em novembro de 2019, que autorizou o então presidente Donald Trump a impor sanções contra funcionários chineses.
A seção "acusações infundadas" é a mais longa e contém 48 rubricas separadas. Na seção está a declaração de Biden que chamou o fechamento do jornal Apple Daily, publicado em Hong Kong, de "um dia triste para a liberdade de imprensa" e um sinal de "intensificação da repressão por Pequim".
Na seção nomeada "proteção e apoio daqueles que se opõem à China", a chancelaria colocou a visita aos EUA do empresário Jimmy Lai em julho de 2019, onde ele se reuniu com o então vice-presidente Mike Pence e o ex-secretário de Estado Mike Pompeo, entre outros, supostamente pressionando para "interferência nos assuntos de Hong Kong".
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