O ex-estrategista norte-americano revelou que conversou com Trump sobre como resolver a situação porque os legisladores do Congresso se preparavam para certificar os resultados das eleições presidenciais de 2020.
Segundo o recém-publicado livro "Peril" de Robert Costa e Bob Woodward, Bannon teria dito a Trump dias antes da insurreição:
"As pessoas vão dizer: 'Que diabos está acontecendo aqui? Vamos enterrar Biden em 6 de janeiro, porra, enterrá-lo. Vamos matá-lo à nascença, matar a presidência de Biden à nascença".
No podcast, Steve Bannon explicou a sua ação nesses dias.
"Sim, por causa de sua legitimidade. Quarenta e dois por cento dos americanos acreditam que Biden não ganhou a presidência legitimamente. Ele se matou", disse Bannon.
"Deixe isso ir com o que este regime ilegítimo está fazendo. Ele se matou a si mesmo. Nós lhe dissemos isso desde o início. Basta o desmascarar, basta o desmascarar. Nunca desista. Nunca desista. Aquilo vai implodir", afirmou.
Invasão do Capitólio
Em 6 de janeiro, os apoiadores do então presidente Donald Trump invadiram o edifício do Capitólio em Washington. Mais de 140 pessoas ficaram feridas e cinco morreram. As autoridades abriram mais de 170 processos judiciais.
Um dia antes dos distúrbios no Capitólio dos EUA em Washington, Bannon disse aos ouvintes de seu podcast que "o inferno se abriria", no dia seguinte e que seus seguidores nas redes sociais precisavam "tomar medidas". Bannon, como os funcionários da administração Trump, afirmava que houve fraude eleitoral.
Embora a invasão do Capitólio temporariamente interrompesse a certificação dos resultados da eleição, o processo não parou. Os legisladores norte-americanos certificaram a vitória eleitoral de Biden.