Cientistas de Wuhan queriam infectar morcegos com coronavírus em 2018, diz mídia

Cientistas da cidade chinesa de Wuhan, onde foi registrado o primeiro caso da COVID-19, planejavam infectar com coronavírus modificados morcegos que vivem em cavernas ainda em 2018, segundo uma mídia.
Sputnik
Os cientistas solicitaram US$ 14 milhões (R$ 73 milhões) para realizar um projeto cerca de 18 meses antes do anúncio oficial do surto da COVID-19, indica o jornal Telegraph citando documentos obtidos.
Supostamente, os cientistas de Wuhan planejavam implementar os coronavírus modificados transmitidos pelo ar em habitats de morcegos na China, para eles assim criarem imunidade e ser possível protegê-los de doenças que podem ser transmitidas aos humanos.
Os pesquisadores queriam introduzir através da pele dos animais "nanopartículas que contêm novas proteínas S quiméricas" de coronavírus em cavernas da província chinesa de Yunnan. Além disso, os cientistas queriam criar vírus quiméricos geneticamente modificados para infectar mais facilmente os humanos.
Embora, os pesquisadores quisessem realizar eventos educativos para informar a população de seu trabalho, foi-lhes recusado o financiamento solicitado porque os experimentos "poderiam pôr em perigo os residentes locais", de acordo com a mídia.
O zoologista britânico Peter Daszak e uma dos principais virologistas do Instituto de Virologia de Wuhan, Shi Zhengli, poderiam participar do estudo, segundo o jornal.
Anteriormente, a China negou por várias vezes a teoria de surgimento da COVID-19 no laboratório de Wuhan. Em março, a Organização Mundial da Saúde publicou a versão completa do relatório elaborado pela equipe internacional, que refere que a versão de vazamento do vírus do laboratório chinês é "pouco provável".
A OMS sugere que o vírus SARS-CoV-2 provavelmente teria sido transmitido de morcegos para humanos através de outro animal.
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