Saindo do Afeganistão, EUA admitiram na prática o colapso de sua estratégia, diz ex-presidente russo

Сom a saída do Afeganistão, os EUA reconheceram abertamente o colapso da estratégia de afirmar a sua omnipresença político-militar, disse Dmitry Medvedev, ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.
Sputnik
Em um artigo publicado no portal Gazeta.ru, ele observou que "tentando salvar a sua reputação e a credibilidade da OTAN em geral, a administração dos EUA se recusou a admitir a derrota", e "em vez disso usou a fórmula 'nós não fomos expulsos, saímos por vontade própria'".
"No entanto, o presidente [dos EUA] Joe Biden fez notar que a retirada das tropas não significa apenas o fim da campanha afegã – trata-se do fim da era de 'grandes operações militares para reorganizar outros países'. As suas palavras basicamente significam o reconhecimento aberto por Washington do colapso da estratégia de afirmar a sua omnipresença político-militar", opina Medvedev.
Membros das Forças Armadas do Reino Unido descansam enquanto continuam com a evacuação do pessoal autorizado do aeroporto internacional de Cabul, Afeganistão
Segundo ele, onde quer que os americanos tentassem construir um novo sistema político, eles sempre deixaram problemas depois de si. Ora, as realidades de hoje exigem passos políticos ponderados e comedidos.
"A Rússia está certamente interessada em resolver os conflitos internos afegãos. No entanto, isso deve ser feito pelas próprias forças políticas do país, refletindo todo o espectro de sua sociedade", concluiu Medvedev.
No início de agosto passado, o Talibã intensificou os seus ataques contra as forças do governo afegão. O grupo entrou em Cabul em 15 de agosto, assumindo o controle do palácio presidencial no dia seguinte e declarando que a guerra no Afeganistão havia terminado.
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