China critica relatório dos EUA sobre origens da COVID-19 por não ser 'cientificamente credível'

Embora o relatório de inteligência dos EUA aponte que a COVID-19 teve origens naturais e o vírus não foi desenvolvido como arma biológica, o presidente dos EUA Joe Biden insiste que Pequim continua "retendo" informações cruciais relacionadas à origem da pandemia.
Sputnik

A embaixada chinesa em Washington criticou o relatório, publicado nesta sexta-feira (27) pela comunidade de inteligência dos EUA (IC, na sigla em inglês), alegando que o documento não tem credibilidade científica e sugere de forma errada que Pequim tem vindo a impedir uma investigação global sobre a origem do surto da doença mortal.

"Ignorando o relatório de rastreamento de origens do vírus [conduzido] pela OMS e a China, o [relatório] fabricado pela comunidade de inteligência dos EUA não é cientificamente credível”, apontou a embaixada. "As suas afirmações sobre a China são um pretexto para a sua campanha estigmatizante".
China critica relatório dos EUA sobre origens da COVID-19 por não ser 'cientificamente credível'

A embaixada apontou que o relatório de inteligência não conseguiu "produzir uma resposta exata que os EUA querem".

"Qualquer estudo de Fase II sobre as origens do vírus deve ser uma extensão abrangente da Fase I e conduzido em vários lugares e países", disse a entidade. diplomática. "O rastreio da origem é uma questão de ciência; deve e só pode ser deixado aos cientistas e não aos especialistas em inteligência".

A resposta de Pequim surgiu logo após a divulgação do relatório na sexta-feira (27) com agências de inteligência afirmando que o vírus da COVID-19 "não foi desenvolvido como arma biológica" e sugerindo que as autoridades chinesas não tinham conhecimento prévio do vírus antes do surto inicial.

No entanto, o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI) observou ainda que tanto a exposição natural como um incidente laboratorial "são plausíveis" como causa da pandemia.

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